Parlamento: Carlos Costa vai ser ouvido duas vezes
PCP quer ouvir o governador sobre a resolução do BES. E Carlos Costa quer defender-se de acusações apresentadas em reportagem. PCP defendia uma audição mas Teresa Leal Coelho diz que serão duas.
O governador do Banco de Portugal vai ser ouvido no Parlamento em duas audições separadas. A não ser que Carlos Costa retire o pedido formulado aos deputados, serão agendadas duas audições autónomas, garantiu ao ECO a presidente da Comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa.
É que, além da audição a pedido do próprio governador, também o PCP já tinha apresentado um requerimento para trazer Carlos Costa ao Parlamento.
“As audições podem ser sucessivas, agora eu darei autonomia à audição do governador do Banco de Portugal”, afirmou Teresa Leal Coelho, à margem da reunião em que os deputados debateram o assunto. Teresa Leal Coelho explicou que lhe cabe a si a responsabilidade de marcar audições, sem afastar porém a possibilidade de a deliberação ser “impugnada”.
O PCP defendeu que se fizesse apenas uma audição, sugerindo que, nesse modelo, o governador pudesse tomar “a palavra primeiro”. A posição acabou por ser secundada por outros grupos parlamentares mas a presidente da comissão tem entendimento diferente.
“É certo que serão duas, a menos que o governador do Banco de Portugal retire o pedido”, salientou, defendendo que a “matéria” referente ao requerimento do PCP e ao pedido de Carlos Costa “não é a mesma”. A presidente da comissão vai falar com Carlos Costa e o assunto voltará à comissão esta quarta-feira.
O governador quer ser ouvido para poder “defender a reputação do Banco de Portugal e promover a confiança pública na instituição de supervisão, perante um conjunto de notícias que foram divulgadas por via de reportagens televisivas e que o governador entende que distorcem o trabalho de acompanhamento do Banco de Portugal ao processo em causa”, tinha já indicado antes Teresa Leal Coelho ao ECO. Em causa está a reportagem da SIC “Assalto ao Castelo”, onde Costa é acusado de ter ignorado informações que teriam permitido afastar Ricardo Salgado mais cedo.
O PCP quer ouvir Carlos Costa e a ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque sobre a resolução do BES.
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