Custo do risco de crédito na banca é baixo, mas deve deteriorar-se nos próximos trimestres, alerta DBRS

O impacto da pressão inflacionária, incerteza económica e problemas da cadeia de abastecimento deve começar a sentir-se nos próximos trimestres, prevê a DBRS.

O custo do risco de crédito manteve-se baixo na banca no primeiro trimestre de 2022, mas deve deteriorar-se, alerta a agência canadiana DBRS. O impacto da inflação e da guerra na Ucrânia ainda não atingiu por completo os bancos europeus, o que deverá acontecer nos próximos trimestres, segundo estimam.

“Questões da cadeia de abastecimento, pressões inflacionárias e as consequências do conflito Rússia-Ucrânia tiveram pouco impacto direto no custo do risco dos bancos europeus no primeiro trimestre de 2022, com exceção de alguns bancos que estavam particularmente expostos a ativos russos”, aponta Maria Rivas, vice-presidente sénior da equipa DBRS Morningstar Financial Institutions, citada em comunicado.

No entanto, a responsável prevê que o custo do risco “se deteriore nos próximos trimestres, à medida que começamos a ver o impacto negativo da pressão inflacionária, incerteza económica e problemas da cadeia de abastecimento na qualidade dos ativos dos bancos”, admitiu.

A DBRS fez uma análise aos bancos europeus, que mostrou que em média, “os bancos de todos os países, exceto Espanha, Noruega e Portugal, reportaram níveis mais elevados de custo de risco no primeiro trimestre de 2022 em comparação com o ano fiscal de 2021″.

O custo do risco nos bancos portugueses analisados (Caixa Geral de Depósitos e Banco Comercial Português) reduziu-se, em média, tanto face a 2021 (em três pontos base) como face a 2019.

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