Há cinco mestrados portugueses entre os melhores do mundo em Finanças. Nova SBE lidera e integra “grupo de elite” do FT

A Nova SBE é a portuguesa melhor classificada, integra agora o "grupo de elite" do FT. Católica está no Top 20 e o ISEG no Top 35. O Iscte escala dez posições e a FEP estreia-se no ranking.

Há cinco escolas de negócios portuguesas que figuram no ranking Masters in Finance“, do Financial Times (FT). Todas ocupam melhores posições do que na edição do ano passado. A Nova SBE é a que chega mais longe. A business school liderada por Daniel Traça figura no 11.º lugar a nível mundial, tendo subido três posições. É a escola portuguesa melhor classificada e integra, agora, o “grupo de elite” do FT. A Católica saltou para o Top 20, o ISEG conseguiu reforçar a sua presença, o Iscte saltou dez patamares e, finalmente, a Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) conseguiu um lugar no ranking.

“Os resultados deste ranking são a prova de que a ambição da Nova SBE de se tornar numa escola Top 10 do ranking do Financial Times é possível. Foi o compromisso que assumimos com a sociedade portuguesa e estamos a cumpri-lo. A nossa aposta em crescer, em internacionalizar e em transformar para as competências do futuro está a gerar excelentes resultados”, afirma Daniel Traça, dean da Nova SBE.

“É ainda importante realçar o feito extraordinário de estarem cinco escolas portuguesas num ranking tão conceituado. É excelente para o nosso país e estamos todos de parabéns”, salienta, em comunicado.

Para os resultados alcançados, a Nova SBE beneficia de uma avaliação elevada e consistente na generalidade dos critérios pontuados. A aposta da escola na exposição internacional coloca-a na 8.ª posição no critério que avalia a “Experiência internacional” e na 9.ª posição no que toca a “Mobilidade internacional”, com 99% de empregabilidade a três meses.

Também a subida no indicador salarial beneficiou a business school. O salário estimado para os finalistas registou um aumento de 15.5%, passando dos 90.000 dólares americanos anuais (o equivalente a cerca de 83.800 euros), registados no ranking de 2021, para os 104.000 dólares americanos (96.834 euros na conversão), em 2022.

Segundo o Financial Times, com esta subida na classificação do ranking, a escola portuguesa passa a integrar o “grupo de elite” de escolas com oferta de mestrados de Finanças. “As 11 melhores escolas, da HEC Paris à Nova School of Business & Economics, formam o grupo de elite de fornecedores de programas de mestrado em finanças”, esclarece o FT.

Católica está no Top 20 e ISEG no Top 35

Um pouco mais abaixo, em 17.º lugar, surge novamente uma escola portuguesa: a Católica Lisbon School of Business and Economics, que sobe seis posições e passa a integrar o Top 20. Para esta classificação contribuem as avaliações obtidas nos critérios “Progressão de carreira”, no qual a escola de gestão logrou o 8.º lugar, e “Experiência internacional”, fator em que ocupa a 11.ª posição.

A Católica-Lisbon é, ainda, a escola com melhor classificação a nível de internacionalização, com 38% de professores internacionais que realizam uma investigação de excelência, sendo que 76% dos alunos deste mestrado são também internacionais.

Este ranking abrange todos os graduados do mestrado em Finanças da Católica, 95% dos quais têm emprego até três meses após o final do programa, com um salário inicial que aumentou 73% nos primeiros três anos, situando-se nos 73.784 dólares americanos anuais (o equivalente a cerca de 68.700 euros).

“É uma honra ter o nosso mestrado em Finanças entre os 17 melhores do mundo e estar no top 4 mundial em progressão salarial dos nossos graduados e no Top 8 do mundo em progressão de carreira. É também notável a nossa ascensão nos rankings, alcançando o topo da qualidade a nível mundial em apenas quatro anos”, começa por destacar Filipe Santos, dean da Católica-Lisbon.

“Continuaremos a nossa missão de receber os melhores alunos de Portugal e de toda a Europa para lhes proporcionar uma carreira em Finanças verdadeiramente internacional, com uma sólida formação analítica, ética, e com impacto positivo na sociedade”, garante.

Em 34.º surge o ISEG – Lisbon School of Economisc and Management, que subiu uma posição comparativamente aos resultados apurados 2021. Consistente nas classificações que tem vindo a obter neste ranking, a escola de gestão que conta com um campus bem no centro da cidade de Lisboa, entre a Lapa e a Assembleia da República, pontua especialmente bem nos nos parâmetros que avaliam a “Relação custo-benefício” e a “Progressão de carreira”, critérios que a colocam em 10.º e 21º lugares, respetivamente.

O ranking do Financial Times destaca a rápida integração dos graduados do ISEG no mercado de trabalho após a conclusão do mestrado. Neste indicador, a business school portuguesa classifica-se mesmo em primeiro lugar a nível mundial, com a totalidade dos graduados a encontrarem um emprego em menos de três meses. Apesar de partilhar a liderança em termos de empregabilidade com outras escolas a nível mundial, é a única portuguesa que consegue este feito.

Já o salário estimado, no caso do mestrado em Finanças do ISEG, é de 68.525 dólares americanos por ano, o que equivale a cerca de 63.803 euros.

“É uma alegria assistir, em menos de um mês, a dois reconhecimentos da qualidade do ISEG em rankings do Financial Times, posicionando-nos como uma das melhores escolas de economia e gestão do mundo. Isto deve-se, por um lado, à enorme qualidade dos nossos programas, mas também ao trabalho incansável para garantir que atraímos os melhores alunos, em Portugal e no mundo, e que os preparamos para serem pioneiros, como é tradição do ISEG, no comando da economia do futuro. Estes são sinais claros de que estamos a trilhar bem o nosso caminho, com consistência, arrojo, e muita inovação”, refere a presidente da escola, Clara Raposo.

O ISEG está ainda classificado em primeiro lugar no indicador que mede o grau de internacionalização do conselho consultivo das business schools, a única escola em Portugal em que este órgão é totalmente composto por conselheiros internacionais. A representação de mulheres neste órgão é a quarta maior a nível mundial.

Iscte escala dez posições. FEP estreia-se no ranking

O maior salto na tabela em relação ao ranking do ano passado cabe, no entanto, ao Iscte, que escalou dez posições, estando, agora, no 41.º lugar da lista do FT. “Uma subida de dez posições no Financial Times reflete o excelente trabalho desenvolvido e a dedicação que a Iscte Business School tem para com os seus estudantes. É um reconhecimento internacional da qualidade da Escola, assente no seu compromisso com as pessoas, as organizações, a sustentabilidade e a responsabilidade social”, defende Maria João Cortinhal, diretora da Iscte Business School.

À semelhança do ISEG, o Iscte Business School conseguiu elevada classificação, sobretudo, nos critérios de “Progressão de carreira” e “Relação custo-benefício”, nos quais alcançou, respetivamente, a 7.ª e 21.ª posições. Entre as portuguesas, é ainda a escola com maior equilíbrio de género no corpo docente (49% do sexo feminino), e pertence ao grupo de instituições em que, pelo menos, 99% dos docentes possui habilitações ao nível do doutoramento.

Já a empregabilidade a três meses deste mestrado ronda os 93%, enquanto o salário anual expectável situa-se nos 45.083 dólares americanos (41.976 euros).

Finalmente, a Faculdade de Economia da Universidade do Porto estreia-se no ranking do FT com uma entrada direta para o 49.º lugar na edição de 2022. A contribuir para esta estreia está a “Relação custo-benefícios” e a “Experiência internacional”, critérios nos quais a business school do norte do país alcança as 7.ª e 17.ª posições, respetivamente. A empregabilidade a três meses ronda os 90%.

Já o salário anual estimado para os finalistas do mestrado em Finanças nesta escola de gestão é de 37.333 dólares americanos, o equivalente a 34.760 euros. Este é o segundo valor mais baixo dos mestrados que figuram no ranking do FT. Apenas a University of Liverpool Management School, que ocupa o último lugar da lista (55.º), conta com um vencimento inferior: 33.435 dólares americanos (31.130 euros).

Pódio pertence (de novo) ao ensino francês

O pódio pertence, uma vez mas, repetindo-se o Top 3 não só de 2021, mas também de 2020, apenas a escolas com campus em França. Com remunerações estimadas superiores a 100.000 dólares, os três mestrados apresentam uma taxa de empregabilidade a três meses de 100%.

A HEC Paris lidera o ranking. Serviços de carreira, mobilidade internacional e progressão de carreira são os principais fatores que fazem a escola de gestão francesa brilhar. A escola garante um salário médio aos finalistas de 172.693 dólares americanos por ano (equivalente a 160.790 euros).

O segundo lugar do pódio pertence à ESCP Business School. Com uma remuneração anual estimada de 155.113 dólares (144.43 euros), a business school pontua particularmente bem nos critérios que avaliam “Serviços de carreira”, Mobilidade internacional” e “Experiência internacional”. Nestes três critérios de avaliação, a ESCP lidera.

A fechar o pódio, está a Skema Business School. Experiência internacional e mobilidade internacional são os principais pontos fortes do mestrado em Finanças da escola. Já o salário esperado ronda os 106.229 dólares, cerca de 98.910 euros.

O Ranking “Masters in Finance 2022” avalia e lista os 55 melhores mestrados de Finanças de todo o mundo, contemplando 19 indicadores para classificar a qualidade do mestrado e da escola em três principais dimensões: progresso de carreira dos graduados, diversidade da escola e investigação e experiência internacional.

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