Governo anuncia “brevemente” mais apoios ao rendimento das famílias para combater efeitos da inflação
Primeiro-ministro assegurou que Governo irá adotar “brevemente” novas medidas de apoio extraordinário ao rendimento das famílias para fazer face à subida dos preços.
O Governo irá anunciar “brevemente” mais medidas de apoio ao rendimento das famílias para combater os efeitos da inflação, anunciou esta segunda-feira o primeiro-ministro, António Costa, sem dar mais detalhes.
“Iremos, em matéria de apoio extraordinário ao rendimento para fazer face a esta tensão inflacionista, adotar brevemente novas medidas sobre essa matéria”, assegurou António Costa no programa “O Princípio da Incerteza”, que teve lugar na conferência CNN Portugal Summit.
Iremos, em matéria de apoio extraordinário ao rendimento para fazer face a esta tensão inflacionista, adotar brevemente novas medidas sobre essa matéria.
Sem dar pormenores sobre os novos apoios, o primeiro-ministro garantiu que as medidas não irão obrigar o Governo a refazer as contas do Orçamento do Estado para 2022 que o Presidente da República promulgou na semana passada. “Como é que se pode pensar isso de um Orçamento que foi aprovado na sexta?”, questionou António Costa.
A taxa de inflação atingiu os 8% em maio, o valor mais elevado desde 1993, segundo o Instituto Nacional de Estatística, com as famílias a serem fortemente impactadas com a subida dos preços dos bens e serviços que consomem no dia-a-dia.
Questionado sobre a meta de aumento dos salários médios em 20% nos próximos quatro anos, António Costa reafirmou o objetivo de aumentar o peso das remunerações aos trabalhadores no PIB dos atuais 45% para os 48%, em convergência com a Europa. “É justo que isso aconteça”, frisou.
Como? O primeiro-ministro lembrou que o salário médio aumentou entre 22% e 23% nos últimos seis anos. “O que é necessário para esta convergência é manter o ritmo de crescimento dos salários dos últimos anos”, explicou.
Costa referiu que, neste momento, tendo em conta o esforço que as empresas estão a fazer para reter o talento e o nível de emprego em “máximos históricos”, os salários até estão a crescer a um ritmo mais acelerado do que o apontado pelo Governo. Isto significa que “se as empresas querem ser competitivas a venderem, têm se ser competitivas a contratar”.
“É preciso revalorizar o trabalho”, acrescentou o primeiro-ministro, dando conta de que os parceiros sociais se preparam para discutir o acordo de competitividade e rendimentos e que poderão contar com o governo no esforço “tripartido” de aumentar os rendimentos das famílias.
(Notícia atualizada às 15h02 com mais informações)
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