CMVM lucra dois milhões em 2021, o melhor resultado desde 2014

Trabalho remoto diminuiu custos com pessoal, enquanto “dinamismo do mercado” fez aumentar as receitas com taxas. Regulador lucra dois milhões, no melhor resultado desde 2014.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) registou um lucro de 2,037 milhões de euros no ano passado, o que representa uma subida expressiva face ao resultado de 56 mil euros em 2020. O regulador do mercado explica o melhor resultado desde 2014 com a redução dos gastos com pessoal devido ao trabalho remoto e com dinamismo do mercado, que fez aumentar as receitas com as taxas de supervisão.

“O cenário pandémico continuou a impactar os resultados da CMVM, com uma redução de custos como consequência da preponderância do trabalho remoto a par de um crescimento do rendimento decorrente da dinâmica do mercado que levou, nomeadamente, ao crescimento do rendimento de taxas”, assinala a CMVM no relatório anual publicado esta quinta-feira.

Os gastos com pessoal caíram para 14,7 milhões de euros em 2021, encolhendo quase 3% em relação ao ano anterior. A CMVM dá conta da “presença constante do cenário pandémico” ao longo do ano passado, com as restrições impostas em Portugal e na Europa a resultarem “na forte redução de alguns custos, nomeadamente com deslocações, consumíveis e outros decorrentes da menor utilização das instalações da CMVM”, esclarece o polícia dos mercados.

Por outro lado, “o mercado mostrou-se mais dinâmico o que levou a um crescimento dos rendimentos de taxas em 10%”. As receitas com impostos e taxas ascenderam a 24 milhões de euros.

Conclusão: “Esta combinação de fatores possibilitou um resultado positivo em 2021 de 2.037 mil euros que compara com um resultado líquido de 56 mil euros em 2020”, conclui a CMVM, que continua à procura de um presidente, depois do pedido de demissão de Gabriel Bernardino em março passado, devido a problemas de saúde que estão a afetar o exercício de funções.

Aliás, por causa desses problemas, Bernardino, que está no cargo desde novembro, não marcou presença na apresentação do relatório anual, que ficou a cargo dos únicos dois administradores que a CMVM tem: Rui Pinto e José Miguel Almeida.

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