Emprego acima das previsões trava Wall Street na abertura
No último mês foram criados 372 mil postos de trabalho nos Estados Unidos, acima das previsões dos analistas. Perante o cenário, mercado antecipa subidas de juros mais agressivas para conter inflação.
As bolsas dos Estados Unidos iniciaram a sessão em terreno negativo. Os receios gerados pelos dados da criação de emprego acima das previsões levantam novos receios sobre a taxa de inflação e alimentam expetativas sobre uma subida reforçada das taxas de juro da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) no final do mês.
O índice tecnológico Nasdaq foi o que mais travou na abertura da sessão, ao descer 1,01% (11.503,61 pontos); o índice S&P 500 cedeu 0,37% (3.888,26 pontos); a bolsa industrial Dow Jones recuou 0,12% (31.348,43 pontos).
Em junho, foram criados 372 mil postos de trabalho, mais 40,4% do que as previsões dos analistas consultados pela Bloomberg. Ao mesmo tempo, a taxa de desemprego estabilizou nos 3,6%, o número mais baixo em quase 50 anos.
“Enquanto muitos atores antecipavam um abrandamento nas contratações no último mês, a realidade é que a procura de emprego manteve-se forte e verificou-se a ausência de recuo nas contratações. Assim, é difícil perceber se a economia está à beira da recessão“, comentou Charlie Ripley, estratega de investimento da Allianz Investment Management, citado pela Reuters.
“Em súmula, o relatório de hoje simplesmente significa que a Fed terá mais trabalho a fazer relativamente à política de taxas para arrefecer a procura na economia. Um aumento de 75 pontos base das taxas de juro é praticamente uma certeza nesta altura”, acrescenta.
Em junho, a Fed concordou que as taxas de juro podem precisar de continuar a subir por mais tempo, de forma a evitar que a inflação se consolide, mesmo que isso provoque uma desaceleração na economia dos EUA. O banco central aponta para uma subida de 50 ou 75 pontos base nos juros em julho, segundo as minutas divulgadas na passada quarta-feira.
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