Renováveis. “Tivessem os outros países feito a aposta que fizemos, e não continuariam a financiar Putin”, diz Costa
O primeiro-ministro criticou esta sexta-feira a fraca aposta dos países europeus nas energias renováveis e anunciou um novo Simplex que visa agilizar os processos de licenciamento ambiental.
O primeiro-ministro considera que a maior fragilidade da União Europeia, num cenário de guerra na Ucrânia, é a “falta de autonomia energética” e nessa matéria, afirma, Portugal situa-se à frente pela aposta feita no setor das energias renováveis. Para António Costa, “tivessem os outros países [europeus] feito a aposta que fizemos [nas energias renováveis], e seguramente não continuariam a financiar o senhor Putin, continuado a adquirir gás da Rússia para satisfazer as próprias necessidades”.
“A maior fragilidade que a Europa democrática e livre tem é a falta de autonomia energética da Rússia“, começou por afirmar, esta sexta-feira, em Alqueva, onde decorreu a inauguração da nova central fotovoltaica da EDP. “Tivessem os outros países europeus percorrido o caminho que nós percorremos, e, seguramente, a resposta da União Europeia perante a invasão da Ucrânia pela Rússia teria sido muito diferente“, criticou Costa.
Para o governante é claro que “Portugal fez no tempo certo, a aposta certa” e que o caminho a seguir é em frente no sentido de “acelerar o processo de transição energética”.
“Infelizmente, a trágica conjuntura veio tornar mais clara a aposta estratégica que o país fez e que tem persistido em perseguir”, acrescentou, referindo que o passo seguinte será deixar que Portugal seja apenas um país importador de gás natural e de petróleo, e se torne num “exportador da energia” que produz, nomeadamente, de fontes renováveis. Nesse sentido, anunciou o primeiro-ministro, será aprovado, na próxima semana um Simplex para 2022, sendo que entre as “medidas emblemáticas” vão constar a agilização do licenciamento ambiental que servirá “para aumentarmos a nossa capacidade de sermos mais autónomos na produção de energia”.
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