Programa “Reabilitar para Arrendar” financia 258 habitações
São 13,8 milhões de euros que o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana está a utilizar para financiar a reabilitação de 77 casas no Porto e 65 em Lisboa destinadas ao arrendamento.
O programa “Reabilitar para Arrendar” está a financiar com 13,8 milhões a reabilitação de 258 habitações destinadas a arrendamento, desde que entrou em funcionamento há ano e meio, disse hoje em Torres Vedras o presidente do IHRU.
Desde que entrou em vigor há ano e meio, o programa “Reabilitar para Arrendar” já acompanhou 91 processos, com a reabilitação de 258 habitações que, após a conclusão das obras, vão dar origem a 359 casas, disse o presidente Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), Vítor Reis, durante a assinatura de um acordo com o município de Torres Vedras.
O programa financiou as obras de reabilitação em 13,8 milhões de euros através de crédito concedido pelo Banco Europeu de Investimento, de um investimento total de 20 milhões de euros.
“Há dinheiro mais do que suficiente para todas as candidaturas que aparecerem”, afirmou Vítor Reis à agência Lusa.
No âmbito do programa, foram reabilitadas ou estão em fase de reabilitação 77 casas no Porto e 65 em Lisboa, correspondentes a um investimento respetivamente de 4,8 milhões de euros e 8,8 milhões de euros.
No sentido de alargar o programa ao país, o IHRU já celebrou acordos de cooperação com mais de 50 municípios.
Dados do IHRU apontam para o aumento do número de habitações no país, de 2,7 milhões em 1970 para seis milhões em 2011 ao ponto de o país ter “mais casas do que famílias”.
O aumento do parque habitacional teve como objetivo a aquisição de casa, motivo pelo qual o arrendamento baixou. Em 1970, existia cerca de um milhão de casas alugadas, número que desceu para 794 mil em 2011. Já 2002 foi o ano em que mais casas novas se construiu, 126 mil, contra apenas sete mil em 2015.
Em oposição, aumentaram os fogos devolutos de 380 mil em 1970 para 735 mil em 2015, sem que tivessem sido reabilitadas. Em 2002, apenas duas mil foram reabilitadas e em 2006 quase nove mil. Em resultado, o país ficou com “casas a mais em detrimento da opção de reabilitação”, afirmou.
A câmara de Torres Vedras aderiu esta segunda-feira ao programa, depois de integrar o Fundo Nacional para a Reabilitação do Edificado (FNEE) e avançado com intervenções em Áreas de Requalificação Urbana (ARU), três frentes de intervenção distintas, mas com o mesmo objetivo.
No âmbito da zona envolvente ao futuro Centro de Artes do Carnaval, o município tenciona investir 5,7 milhões de euros na aquisição e reabilitação de imóveis. Já integrado no FNEE, vai adquirir três este ano e pretende adquirir cinco a seis por ano.
Em 2016, a câmara investiu 1,2 milhões de euros na aquisição e requalificação de cinco imóveis.
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