António Tomás Correia: “Não há qualquer situação de insolvência”

  • Rita Atalaia
  • 14 Março 2017

O presidente da Associação Mutualista do Montepio Geral diz que a palavra que o mais chocou nas notícias desta manhã foi "falência". E esclarece: "Não há qualquer situação de insolvência".

António Tomás Correia diz que a palavra que mais o chocou nas notícias avançadas esta manhã foi “falência”. O presidente da dona do banco Montepio, a Associação Mutualista Montepio Geral, deixa claro que a situação da Associação Mutualista é “muito confortável” a nível das contas. Não há, por isso, “qualquer situação de insolvência”.

António Tomás Correia, presidente da Associação Mutualista Montepio GeralPaula Nunes / ECO

“Não há qualquer situação de insolvência”, esclarece António Tomás Correia numa conferência de imprensa após o auditor do banco, a KPMG, ter alertado, segundo o Público, que a dona do banco Montepio, a Associação Mutualista Montepio Geral, fechou 2015 com um buraco nas contas de 107 milhões de euros.

Esta tarde, o conselho geral da Associação Mutualista vai debater as contas dos exercícios de 2015 e 2016. Num documento anexo às demonstrações financeiras, que será discutido na reunião, a KPMG frisa que a Associação está em falência técnica e que precisa de um injeção de fundos.

Mas o presidente da Associação Mutualista do Montepio geral contraria estas notícias. “A palavra que mais me chocou [nas notícias desta manhã] foi ‘falência'”, diz António Tomás Correia. O presidente da Associação Mutualista explica que, para 2017, o plano de negócios aponta para resultados positivos e “interessantes” no setor segurador e bancário. Estamos a falar de resultados na ordem dos 50/60 milhões de euros na banca, nota. “A Associação Mutualista tem uma situação muito confortável a nível das contas.”

"Os nossos auditores quando se pronunciaram sobre as nossas contas consolidadas não se referiram em momento algum a falência, insolvência ou algo semelhante.”

António Tomás Correia

Presidente da Associação Mutualista do Montepio Geral

“A nossa associação tem uma base de capital de contas individuais que responde cabalmente aquilo que são as suas atividades”, acrescenta António Tomás Correia, dizendo ainda que “os nossos auditores quando se pronunciaram sobre as nossas contas consolidadas não se referiram em momento algum a falência, insolvência ou algo semelhante”.

As declarações são feitas no dia em que a Associação Mutualista do Montepio Geral relevou que encerrou o último exercício com um resultado positivo. Depois de prejuízos de mais de 390 milhões de euros em 2015, ficou acima da linha de água, mas apenas numa base individual. Nas contas consolidadas, que irão refletir os resultados do banco liderado por Félix Morgado, o resultado deverá ser negativo.

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