Petróleo volta a subir com redução de stocks nos EUA

Matéria-prima sobe pelo terceiro dia com dados que mostraram uma redução maior do que o esperado nos stocks de petróleo nos EUA.

Os preços dos petróleo voltam a subir esta quarta-feira, mantendo a tendência dos últimos dois dias, cerca de um dólar por barril, depois de terem sido divulgados novos dados que sinalizam uma queda nos stocks do “ouro negro” dos Estados Unidos e cortes nos fluxos de gás russo para a Europa, que alimentam os receios de um arrefecimento da procura, e o aumento das taxas de juro nos Estados Unidos.

Pelas 20h15 de Lisboa, o Brent, que serve de referência às importações nacionais, avança 2,62% para 102,07 dólares, enquanto o WTI, negociado em Nova Iorque, valoriza 2,81% para 97,65 dólares.

Este desempenho acontece depois de o Instituto Americano do Petróleo (API, na sigla em inglês) ter revelado, na terça-feira, que os sotcks de petróleo nos EUA encolheram em cerca de quatro milhões de barris na semana passada. Este valor é um número quatro vezes superior ao estimado pelos analistas consultados pela Reuters. Já os stocks de gasolina recuaram em cerca de 1,1 milhão de barris.

Além disso, a Casa Branca anunciou que vai libertar mais 20 milhões de barris da sua reserva estratégica de petróleo, num esforço para acalmar os preços do ouro negro, que têm disparado desde o início da guerra, e à medida que a procura se recupera na sequência da pandemia. Já em março, os EUA tinham anunciado que iam libertar um milhão de barris de petróleo por dia da reserva estratégica do país, durante seis meses.

Ainda esta quarta-feira, a Fed anunciou uma subida das taxas de juro em 75 pontos base, naquela que foi a quarta subida este ano. “Um declínio mais acentuado nos stocks deve sustentar os preços do petróleo, mas a recuperação foi limitada devido aos receios com uma potencial procura fraca, e a Casa Branca anunciou que liberará ainda mais reservas estratégicas”, resume Leon Li, analista da CMC Markets em Xangai, citado pela Reuters.

(Notícia atualizada às 20h14 com novas cotações)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Petróleo volta a subir com redução de stocks nos EUA

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião