Inflação na OCDE acelera 10,3% em junho, um máximo desde 1988
Subida dos preços da alimentação e da energia impulsionam inflação homóloga para máximos desde 1988. Inflação aumentou dois dígitos num terço dos países da OCDE, sendo que a Turquia lidera com 78,6%.
A inflação homóloga na OCDE acelerou 10,3% em junho, um máximo desde 1988, devido sobretudo à subida dos preços da alimentação e da energia na maioria dos países, afirmou esta quarta-feira a organização.
Num comunicado divulgado esta quarta-feira, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) adianta que num terço dos países da OCDE a inflação aumentou dois dígitos, com a Turquia a liderar com um acréscimo de 78,6%, ao contrário do Japão, onde acelerou apenas 2,4%.
Os preços dos alimentos aumentaram 13,3% em junho, contra 12,6% em maio, um máximo desde julho de 1975.
A energia aumentou 40,7% em junho deste ano face ao mesmo mês de 2021, contra 35,4% em maio.
Excluindo alimentos e energia, a inflação homóloga acelerou 6,7%, mais três décimas de ponto percentual do que em maio.
Os aumentos de preços foram de 7,9% nos países do G7, mais quatro décimas de ponto percentual do que em maio, com a energia a ser o principal acelerador em França, Alemanha, Itália e Japão.
Nestes países, a inflação subjacente, excluindo os preços dos alimentos e da energia, foi de 4,7% em junho.
O índice harmonizado na Zona Euro foi de 8,6%, mais cinco décimas do que em maio, disse a OCDE, que recordou que o Eurostat estima que o aumento homólogo será de 8,9% em julho.
Nos países do G20, o aumento dos preços foi de 9,2% em junho, mais três décimas do que em maio, com aumentos acentuados em todas as economias emergentes exceto a Índia.
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