Preços do petróleo já desceram quase 12% esta semana
Descida dos preços do barril pode trazer mais um alívio na fatura das famílias e empresas com a compra de combustíveis, caso a tendência de queda se mantenha.
Os preços do petróleo recuperavam ao final da manhã desta quinta-feira, depois do anúncio de um dos aumentos de produção mais tímidos da história do cartel internacional de produtores. Mas a subida não chega para evitar aquela que pode vir a ser a maior queda semanal da matéria-prima desde 1 de abril.
As cotações do barril nos mercados internacionais chegaram a descer no início do dia, mas já subiam por volta das 11h em Lisboa. Nessa altura, os futuros do Brent, referência para as importações nacionais, avançavam 0,63%, para 97,39 dólares por barril. Enquanto isso, o norte-americano WTI somava 0,9%, negociando em cerca de 91,48 dólares.
O mercado continua a pesar na balança sinais díspares. Por um lado, a produção em setembro vai aumentar a um ritmo mais lento do que o decidido para julho e agosto, e, esta quinta-feira, a saudita Aramco decidiu aumentar os preços do petróleo no mercado asiático para valores recorde, segundo a Bloomberg.
Mas, por outro lado, os investidores estão a digerir a notícia de que as reservas de crude e de gasolina dos EUA aumentaram inesperadamente na semana passada. E há fortes sinais de desaceleração económica ao nível mundial, que trazem ecos de uma travagem na procura por combustíveis e outros derivados.
Evolução do preço do Brent
Ainda assim, mesmo com a subida dos preços desta quinta-feira, a matéria-prima poderá registar uma das maiores quedas semanais desde o início de abril. Desde segunda-feira, o Brent acumulou uma perda de quase 12%, que pode trazer mais notícias positivas para as famílias, aliviando um dos fatores que têm alimentado a inflação.
Na quarta-feira, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) decidiu promover um aumento de produção em setembro de apenas 100 mil barris diários. É um dos ritmos mais baixos da história do cartel, o que representou uma derrota diplomática para a Casa Branca.
O Presidente dos EUA, Joe Biden, visitou a Arábia Saudita recentemente na expectativa de convencer Riade a aumentar a produção num volume capaz de pressionar os preços dos combustíveis (pelo contrário, a Rússia, aliada dos países exportadores, tem interesse em que os preços se mantenham elevados).
(Notícia atualizada às 11h13)
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