Juros baixos e poupanças recorde levam a corrida aos fundos de poupança reforma
Entre março de 2020 e março de 2022, o número de investidores que subscreveu fundos PPR aumentou 38%, para 450 mil. Essa tendência poderá ser posta à prova devido à guerra e às quedas nos mercados.
Desde o início da pandemia até ao final de março deste ano, o número de portugueses a investir em fundos de Poupança Reforma (PPR) aumentou 38%, para 450 mil (ou seja, mais 124 mil), de acordo com os dados mais recentes da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), citados pelo Diário de Notícias (acesso livre).
No total, o valor sob gestão dos fundos PPR disparou 66% entre março de 2020 e o mesmo mês de 2022, totalizando 4 mil milhões de euros, o que reflete a valorização dos ativos e da entrada de investidores. Entretanto, este valor já tem vindo a reduzir-se nos últimos meses, tendo-se situado em 3,6 mil milhões no final de junho, devido às desvalorizações generalizadas dos principais ativos financeiros, como ações e obrigações.
O crescimento da procura aos fundos PPR, impulsionado pelas taxas de juro próximas de zero e os níveis de poupança mais elevados, mostra que os aforradores tomaram maiores riscos. No entanto, a procura pode agora abrandar no atual contexto de incerteza, marcado pela guerra na Ucrânia e quedas nos mercados financeiros, que levaram a uma desvalorização das ações e obrigações.
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