Inflação homóloga na Alemanha e Itália abranda em julho

  • Lusa e ECO
  • 10 Agosto 2022

Inflação homóloga na Alemanha atingiu 7,5% em julho, principalmente devido à energia. Taxa de inflação homóloga em Itália abrandou para 7,8%.

A inflação homóloga na Alemanha atingiu 7,5% em julho, principalmente devido à energia, embora a tendência ascendente dos preços tenha abrandado ligeiramente devido a medidas como transportes públicos subsidiados e descontos no combustível. Em Itália, a taxa de inflação homóloga abrandou para 7,8% em julho, após ter registado 8% em junho, o nível mais alto desde 1986.

O índice de preços no consumidor (IPC) na Alemanha mantém-se, assim, a um nível elevado, acima dos 7%, depois de ter subido para 7,6% em junho e 7,9% em maio, de acordo com o comunicado desta quarta-feira da agência federal de estatística alemã (Destatis) com os números finais da inflação em julho.

“As principais razões para a elevada inflação continuam a ser os aumentos de preços dos produtos energéticos. Duas medidas do pacote de alívio tiveram um ligeiro efeito amortecedor sobre a inflação desde junho de 2022: bilhetes a nove euros e o desconto de combustível”, segundo o presidente da Destatis, Georg Thiel. Entretanto, a taxa de inflação subiu 0,9% em julho face a junho.

A introdução em 01 de junho dos bilhetes de comboio a nove euros, durante três meses, teve um efeito nas tarifas dos transportes públicos regionais e locais, assim como a redução do imposto sobre hidrocarbonetos – apelidado de desconto de combustível.

A inflação nos preços dos transportes foi de 5,4% em junho em termos homólogos, abrandando depois dos 8,3% em junho e 16,3% em maio. De igual forma, o instituto de estatística salienta ainda os efeitos da suspensão da taxa EEG, para o financiamento das energias renováveis, que representava 3,7 cêntimos por quilowatt-hora desde o início do ano.

A taxa de inflação é, no entanto, ainda consideravelmente influenciada pelo aumento dos preços de todos os produtos energéticos devido à situação de guerra e crise. Isto é agravado pela escassez da oferta devido à rutura das cadeias de abastecimento, também em resultado da pandemia, bem como por aumentos significativos dos preços nas fases económicas anteriores.

Como resultado, não só os produtos energéticos, mas também outros bens e serviços, em particular mais uma vez muitos alimentos, tornaram-se mais caros. Os preços da energia aumentaram 35,5% em julho em termos homólogos, contra 38,0% em junho.

Os preços dos alimentos aumentaram 14,8% em termos homólogos, reforçando a tendência ascendente após aumentos de 12,7% em junho e 11,1% em maio, afetando todos os grupos alimentares. Excluindo o impacto da energia, a taxa de inflação na Alemanha teria sido de 4,4% em julho, e excluindo a energia e os alimentos seria de 3,2%.

O IPC harmonizado para a Alemanha, que é calculado segundo os critérios da UE, aumentou 8,5% em julho em termos homólogos e subiu 0,8% face ao mês anterior.

Inflação homóloga em Itália abranda para 7,8% em julho

A taxa de inflação homóloga em Itália abrandou para 7,8% em julho, após ter registado 8% em junho, o nível mais alto desde 1986, anunciou esta quarta-feira o instituto nacional de estatística italiano (Istat).

A inflação aumentou 0,4% em julho face ao mês anterior, enquanto a inflação subjacente, que exclui os preços da energia e dos alimentos frescos devido à volatilidade dos mesmos, acelerou para 4,1% no mês em análise.

Os bens energéticos abrandaram de 48,7% para 42,9% em julho face a junho, com o mercado regulado a baixar dos 64,3% para 47,9% no mesmo período e o não regulado a registar um aumento homólogo de 39,8% face a 39,9% no mês anterior.

Os bens alimentares aumentaram de 8,2% em junho para 9,1% em julho. O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) – que mede a evolução dos preços com o mesmo método em todos os países da zona

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