Carne e peixe sobem 17% e 15% desde o início da guerra

Custo do cabaz de produtos essenciais monitorizado pela Deco encareceu mais de 23 euros desde o início da guerra na Ucrânia. Carne, peixe e lacticínios foram as categorias que mais subiram de preço.

Desde o início da guerra na Ucrânia, o preço de um cabaz de produtos essenciais disparou mais de 23 euros para 206,77 euros, o que representa uma subida de 12,6%, segundo as contas realizadas pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco). A carne e o peixe são as categorias que mais aumentaram de preço, com subidas de 17% e 15%, respetivamente.

A Deco vem a elaborar, desde final de fevereiro, uma monitorização a 63 produtos alimentares essenciais, que incluem o peru, frango, pescada, carapau, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, fiambre, leite, queijo e manteiga.

Nos últimos seis meses, a carne, o peixe e os laticínios foram as três categorias que mais aumentaram de preço. Entre 23 de fevereiro, um dia antes de o conflito eclodir, e a passada quarta-feira, o preço da carne disparou 17,47% (mais 5,63 euros), enquanto o peixe aumentou 14,90% (mais 8,98 euros). Já o preço dos laticínios subiu 10,71%.

Tendo em conta estas subidas, num quilo de “lombo de porco, de frango inteiro, de febras de porco, de costeletas do lombo de porco, de bifes de peru, de carne de novilho para cozer e de perna de peru, o consumidor pode agora ter de gastar, em média, 37,88 euros”, assinala a associação. Já no caso do peixe, “o gasto pode agora ser, em média, de 69,29 euros por apenas um quilo de salmão, de pescada, de carapau, de peixe-espada-preto, de robalo, de dourada, de perca e de bacalhau”.

Já no que toca aos produtos que registaram o maior aumento de preço desde o início da guerra e até à passada quarta-feira, a Deco destaca o óleo alimentar 100% vegetal (+34%), a farinha para bolos e a pescada fresca (ambos +30%), frango inteiro (+29%), o bife de peru (+28%), a bolacha maria (+26%), a costeleta de porco (+23%) e a batata vermelha, dourada e alface frisada (todos +22%).

Perante a análise destes dados, é possível concluir que as oscilações de preço são variáveis. Na última semana, o custo do cabaz recuou 2,12% (menos 4,47 euros face à semana passada, quanto custava 211,24 euros), pondo fim a um ciclo de duas semanas consecutivas a subir.

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