Novobanco reforça rácios com venda da ECS apesar de “impacto neutro” nos resultados
O Novobanco reforçou os rácios de capital com a venda da ECS, confirmada esta terça-feira num comunicado à CMVM. Porém, a operação tem "impacto neutro" nos resultados do banco.
Novobanco, Caixa Geral de Depósitos, BCP, Santander e Oitante assinaram um contrato de promessa de compra e venda relativo aos fundos ECS, informa um comunicado enviado esta terça-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A operação será fechada com a norte-americana Davidson Kempner e compreende cerca de 40% da exposição do Novobanco aos Fundos de Reestruturação, melhorando os rácios de capital do banco, apesar de ter “impacto neutro” nos resultados, avança a empresa.
“O Novobanco informa que, juntamente com outros vendedores, foi assinado um contrato de compra e venda e outros acordos com fundos de investimentos geridos por Davidson Kempner Capital Management LP, relacionados com a venda de participações no Fundo Recuperação Turismo, Fundo de Capital de Risco e FLIT, bem como alguns outros ativos atualmente detidos por Fundo Recuperação”, lê-se no documento.
Em causa está o chamado Project Crow, onde CGD, BCP, Novobanco, Santander e Oitante (ex-Banif) tinham participações. Embora o valor da operação não tenha sido revelado, o Jornal Económico avançou na semana passada que esta se fechou por 850 milhões de euros. A operação deverá estar concluída no último trimestre deste ano.
Da parte do Novobanco, em dezembro de 2021, a exposição aos Fundos de Reestruturação (que inclui também os fundos acima mencionados) “totalizava 524 milhões de euros, com o perímetro desta transação a compreender cerca de 40% da exposição do banco aos Fundos de Reestruturação”, lê-se.
Esta operação terá “um impacto neutro no resultado líquido de 2022” do Novobanco, mas “a redução desta exposição no balanço deverá repercutir-se num aumento de c.25bps dos rácios de capital”, estima a instituição no mesmo comunicado.
Além disso, a transação, “juntamente com outras medidas celebradas no terceiro trimestre de 2022 até à data, para acelerar o desinvestimento de ativos não-core, deverão repercutir-se num aumento de c.65bps nos rácios de capital do Novobanco versus rácios reportados a junho de 2022″.
A ECS foi colocada à venda no início de 2021, numa operação que surgiu depois de a empresa de António de Sousa e Fernando Esmeraldo ter recebido manifestações de interesse por parte de fundos internacionais, como a Bain Capital, Blackstone, Fortress, Cerberus e Arrow/Norfin. Davidson Kempner e a Oaktree passaram à segunda fase do processo.
(Notícia atualizada às 9h26 com mais informação)
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Novobanco reforça rácios com venda da ECS apesar de “impacto neutro” nos resultados
{{ noCommentsLabel }}