Preço do gás natural cai 4% para 228 euros por MWh
Ministros da Energia da União Europeia deverão reunir-se esta sexta-feira para discutir a fixação de limites aos preços do gás natural que vem da Rússia.
Os preços do gás natural na Europa estão a cair 4% esta quarta-feira, acumulando igualmente uma queda de 5% nos últimos cinco dias. Este desempenho acontece depois do disparo de 25% no início da semana. Os ministros da Energia da União Europeia (UE) deverão reunir-se esta sexta-feira para discutir a fixação de limites aos preços do gás natural que vem da Rússia.
O contrato Dutch TTF Gas para entrega em outubro está esta manhã a cair 4,1% para 230 euros por MWh, o equivalente a uma queda de 4,55% nos últimos cinco dias. Este desempenho é uma correção dos preços face ao disparo de 25% que acontece há dois dias.
Os ministros da Energia da UE deverão reunir-se sexta-feira para discutir a fixação de limites aos preços do gás natural russo, disse a ministra da Energia da Espanha, Teresa Ribera, esta terça-feira. De acordo com a Reuters, a responsável referiu que a Comissão Europeia, que está a liderar as discussões entre os ministros, fez circular propostas que incluem limites para o preço pago pelos países da UE pelo gás russo.
“Dissemos às empresas espanholas e àqueles que operam no setor que é importante estarem preparados o obterem garantias antes de um possível limite de acesso a navios-tanque com gás liquefeito da Rússia”, disse a ministra espanhola, em declarações aos jornalistas.
De acordo com um draft consultado pela Reuters, em cima da mesa estarão opções como fixar um teto ao preço para o gás importado, para o gás usado para produzir eletricidade ou até a remoção temporária de centrais a gás do atual sistema da UE de fixação de preços de eletricidade. A construção de um novo gasoduto a ligar as redes de gás espanhola e francesa, conhecido como Midcat, também deverá ser discutido esta sexta-feira, disse Ribera.
De acordo com o Financial Times, a Noruega também está disponível para discutir possíveis acordos de gás de longo prazo e tetos de preços com os parceiros europeus, disse o primeiro-ministro daquele país, que se tornou um dos maiores beneficiários das sanções impostas à Rússia na sequência da invasão da Ucrânia, substituindo Moscovo como o maior fornecedor de gás da Europa e como um importante vendedor de petróleo e eletricidade em todo o continente.
“Compreendo perfeitamente que a Europa agora tem um debate profundo sobre como funcionam os mercados de energia, como estes podem garantir preços mais acessíveis para cidadãos, famílias e indústrias e de como essa escassez de gás depois da agressão de [presidente russo Vladimir] Putin pode ser tratada”, disse Jonas Jonas Gahr Støre, primeiro-ministro da Noruega. “A Noruega não fecha portas a essa discussão”.
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