Portugal estagna no segundo trimestre e é o quinto pior da UE
Zona Euro cresceu 0,8% no segundo trimestre face aos três meses anteriores. Com uma variação de 0%, Portugal está entre os piores desempenhos. No emprego também.
A economia da Zona Euro cresceu 0,8% no segundo trimestre face ao anterior, acelerando muito ligeiramente em relação aos 0,7% dos primeiros três meses do ano. Mesmo com a revisão em alta do PIB pelo INE, para 0%, Portugal regista o quinto pior desempenho entre os países da União Europeia.
Já em termos homólogos a economia portuguesa é uma das que mais cresce. O PIB avançou 7,1% no segundo trimestre, superando os 4,1% da Zona Euro. Só Irlanda, Grécia, Croácia, Malta, Eslovénia e Países Baixos cresceram mais que Portugal, indicam os dados do Eurostat.
No conjunto da União Europeia, o PIB avançou 0,7% em cadeia, uma décima menos do que ritmo registado entre janeiro e março. Comparando com o mesmo período de 2021, a economia do bloco avançou 4,2%.
O consumo das famílias (crescimento de 1,3% na Zona Euro e 1,2% na UE) e do Estado (ambos 0,6%), bem como o investimento (0,9% na Zona Euro e 0,7% na UE), contribuíram positivamente para a evolução do PIB. Já as exportações líquidas tiveram um contributo negativo, devido ao crescimento mais acelerado das importações (1,8% na Zona Euro e 1,9% na UE) do que das vendas ao exterior.
Os Estados-membros com melhor desempenho na variação trimestral foram a Holanda (+2.6%), Roménia, (+2.1%) e Croácia (+2.0%). Quatro países registaram uma contração do PIB: Polónia (-2.1%), Estónia (-1.3%), Letónia (-1.0%) e Lituânia (-0.5%).
Portugal entre países onde emprego desceu
Os dados mostram que a economia europeia tem resistido melhor do que alguns economistas antecipavam ao impacto da guerra da Rússia contra a Ucrânia. Isso é evidenciado também pelo emprego, que cresceu 0,4% em cadeia na Zona Euro e no conjunto da UE no segundo trimestre. O ritmo foi, no entanto, inferior aos 0,7% registados entre janeiro e março, no bloco da moeda única. Em termos homólogos, o crescimento foi de 2,7% na Zona Euro e de 2,4% na UE.
Portugal registou a segunda maior quebra trimestral no número de postos de trabalho, com uma variação de -0,7% face aos primeiros três meses do ano. Só a economia espanhola teve um comportamento pior: -1,1%. Estónia, Roménia e Croácia também tiveram quedas no emprego. Lituânia (3,1%), Chéquia e Irlanda (1,6%) registaram os maiores crescimentos.
A produtividade do trabalho aumentou 1,5% e 1,8% entre abril e junho, em termos homólogos, um ritmo superior aos 1% que marcaram os anos entre 2013 e 2018. Fazendo o cálculo com base nas horas trabalhadas, o crescimento foi de 0,3% na Zona Euro e 1% na UE.
(notícia atualizada às 11h00)
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