tb.lx implementa semana de 36 horas para todos os colaboradores

A medida foi implementada depois de quatro meses de experiência. E a conclusão foi "óbvia": "a experiência devia ser implementada a longo prazo", refere a startup.

A corporate startup da Daimler Truck decidiu oficializar a semana de trabalho de 36 horas para todos os seus colaboradores, sem qualquer ajuste salarial. A medida foi implementada depois de quatro meses de experiência, que originaram resultados positivos ao nível da produtividade, integração da opinião e experiências dos colaboradores e formação das equipas de liderança. A conclusão foi, por isso mesmo, “óbvia”: “a experiência devia ser implementada a longo prazo”, refere a tb.lx.

A maioria dos colaboradores da tb.lx goza agora de um fim de semana prolongado, optando por não trabalhar uma parte do dia de sexta-feira (ou qualquer outro dia da semana), ou, por outro lado, ajustando a carga horária em quatro dos dias de trabalho, de forma a ter um dia por semana completamente livre.

A medida foi implementada “com a consciência de que o verdadeiro benefício desta medida está na criação de um modelo de trabalho que aposta na flexibilidade e dá autonomia aos colaboradores para usufruir de um horário de trabalho, que dá espaço para equilibrar as esferas profissional e pessoal em perfeita harmonia”, assegura Sara Gorjão, chief people officer da empresa.

Desde o início do mês que todos os colaboradores da tb.lx beneficiam de uma redução do horário semanal, sem prejuízo na sua remuneração mensal. A iniciativa “prova mais uma vez que medidas pioneiras de proteção da saúde mental dos colaboradores e de inovação na cultura empresarial, permitem resultados muito positivos mesmo em empresas com relações internacionais, com grande responsabilidade e relação externa, inclusive em ambientes de trabalho híbridos”, considera o CEO, Christian Lessing.

Boas práticas

No final da experiência de quatro meses foi feito um questionário para apurar os efeitos sentidos pela equipa na gestão de volume de trabalho, prioridades, relação com stakeholders internacionais e saúde mental. Os resultados foram “francamente positivos”, destacando-se o impacto na produtividade, que registou 4,2 pontos em 5, e a vantagem competitiva percebida da tb.lx, que registou 9 em 10 pontos.

A redução do horário laboral não foi, contudo, isenta de adaptações. Após o piloto, a empresa teve de proceder a alguns ajustes, que agora considera que são indispensáveis para as organizações que pretendem avançar com implementação de uma semana laboral mais reduzida.

Estas foram algumas das principais aprendizagens e adaptações feitas na tb.lx, de forma a garantir o sucesso da medida:

  • Realização de reuniões necessárias e produtivas com recurso a um moderador;
  • Priorização da comunicação assíncrona;
  • Gestão eficaz de calendários com 30% de espaço livre para trabalho criativo e imprevisto;
  • Gestão de energia para cada tipo de tarefa e período do dia;
  • Discussão honesta sobre bloqueios no fluxo de trabalho;
  • Autoconsciência e empatia sobre este processo de adaptação e modelo de trabalho.

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