Comissão Europeia anuncia Banco Europeu para o Hidrogénio
Von der Leyen reforçou os compromissos de descarbonização, anunciado um “banco de hidrogénio” de 3 mil milhões de euros para acelerar a produção na UE até 2030.
A presidente da Comissão Europeia anunciou esta quarta-feira a criação de um banco europeu para fomentar investimentos em projetos de hidrogénio na União Europeia (UE), orçado em três mil milhões de euros, para concretizar a meta de produção de dez milhões de toneladas de hidrogénio renovável até 2030.
“O hidrogénio pode mudar o paradigma para a Europa. Precisamos de criar um novo mercado para o hidrogénio, a fim de preencher o fosso de investimento”, anunciou Von der Leyen durante o discurso do Estado da União Europeia, esta quarta-feira, no Parlamento Europeu.
Este novo banco europeu para o hidrogénio ajudará “a construir o futuro mercado do hidrogénio”. “É assim que vamos construir a economia do futuro. Este é o nosso Pacto Verde para a Europa”, disse Von der Leyen, acrescentando que o objetivo é passar dos projetos de nicho a infraestruturas de larga escala.
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A presidente do executivo comunitário referiu que “aumentar os investimentos em energias renováveis” é uma prioridade para a União Europeia, frisando que o objetivo passa por “colocar energia solar em todos os telhados e garantir que o sol e a energia eólica entrem numa nova era de produção energética europeia sustentável e acessível”.
E na sequência dos incêndios florestais registados um pouco por toda a Europa, como em Portugal, Espanha, França e Itália, Ursula von der Leyen alertou que a situação de seca vai continuar a agravar-se nos próximos anos e, por isso, o objetivo passa por “trabalhar incansavelmente na adaptação climática e fazer da natureza o nosso primeiro aliado”. Assim, a Comissão Europeia vai duplicar a capacidade de combate ao fogo através da aquisição de dez aeronaves anfíbias leves e três novos helicópteros, destacando que os 27 Estados-membros necessitam de mais meios, dado que os incêndios florestais são “cada vez mais frequentes e mais intensos”.
Ainda no âmbito da proteção do ambiente e da biodiversidade, a presidente do executivo comunitário anunciou que a União Europeia irá insistir “num acordo global ambicioso para a natureza”, tanto na Conferência das Nações Unidas sobre a Biodiversidade, que decorrerá em Montreal, no Canadá, em dezembro, como na Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (COP27) em Sharm el-Sheikh, no Egito. “Nenhum país pode lutar sozinho contra as condições meteorológicas extremas“, disse.
Este foi o terceiro discurso que a presidente da Comissão Europeia proferiu sobre o Estado da União Europeia, uma vez mais num contexto de crise, com a guerra, inflação e crise energética como pano de fundo. O momento em questão ganhou mais peso porque é a primeira vez desde a criação do debate sobre o Estado da União Europeia que este se realiza enquanto decorre uma guerra de grandes dimensões no continente europeu, lançada pela Rússia na Ucrânia em fevereiro passado.
(Notícia atualizada às 09h35 com mais informações)
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