Petróleo cai 1% com receios de recessão
Perspetivas pouco animadores para a economia condicionam preços do barril de petróleo. Embargo da Europa à Rússia limita quedas.
Os preços do petróleo continuam a ser pressionados pelos receios de que uma recessão económica global restrinja o consumo, numa altura em que os bancos centrais continuam a apertar o cinto face à alta inflação, isto apesar de o mercado se manter atento ao impacto do embargo europeu à Rússia no lado da oferta.
Em Londres, o barril de Brent, referência para as importações nacionais, cai 0,68% para 90,74 dólares. Do outro lado do Atlântico, o crude WTI desvaloriza 0,99% para 84,27 dólares.
Ambos os contratos acumulam perdas semanais nas últimas três semanas. A cotação do “ouro negro” mantém-se sob pressão devido às perspetivas negativas para a evolução da economia mundial. Com um travão a fundo da economia ou mesmo recessão, a procura por petróleo acabará por cair, arrastando consigo os preços da matéria-prima.
Petróleo cai
Um dos fatores que pesam neste momento sobre as economias prende-se com a ação dos bancos centrais para controlarem a alta dos preços. Esta semana será animada desse ponto de vista. A Reserva Federal norte-americana prepara-se para anunciar na quarta-feira uma nova subida das taxas de juros. Outros bancos centrais como o de Inglaterra e do Japão também têm decisões para anunciar nos próximos dias.
A força do dólar também está a condicionar o preço do petróleo. Um dólar mais forte “encarece” as matérias-primas negociadas em dólares para os países com outras moedas, com impacto na procura.
Apesar de tudo, os investidores também mantêm alguma cautela em relação ao embargo da União Europeia ao petróleo da Rússia, o que está a limitar as perdas do barril. “O mercado ainda tem o início das sanções ao petróleo russo no horizonte. Com o fornecimento a ser interrompido no início de dezembro, o mercado dificilmente verá uma resposta rápida dos produtores dos EUA”, referem os analistas da ANZ citados pela Reuters.
Na China, o alívio das restrições da Covid-19 também poderão dar algum suporte aos preços do barril, segundo os analistas.
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