Empresas antecipam abrandamento e clima económico diminui em agosto
O indicador de clima económico caiu em agosto, após um crescimento em julho. Já os preços mostram uma desaceleração, apesar de manterem crescimentos elevados.
O clima económico, um indicador obtido a partir das respostas aos inquéritos às empresas, diminuiu em agosto, segundo revelam os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta segunda-feira. Isto numa altura em que os preços registam uma desaceleração ligeira e o indicador de confiança dos consumidores estabiliza.
Esta queda no clima económico contraria “o aumento registado em julho, afastando-se do nível observado em fevereiro, em que atingiu o máximo desde março de 2019”, segundo sinaliza o INE.
A queda no indicador pode revelar uma antecipação de abrandamento económico por parte das empresas. Isto numa altura em que existe ainda incerteza em relação ao futuro e o próprio Presidente da República aconselha o Governo a revelar as previsões para o cenário macroeconómico antes da divulgação do Orçamento do Estado para 2023, cuja entrega está marcada para dia 10 de outubro.
A tendência no clima é também sentida pela Zona Euro. “O indicador de sentimento económico da Área do Euro diminuiu em agosto, prolongando o perfil descendente observado desde novembro de 2021″, segundo sinaliza o INE, evolução que “resultou do agravamento dos níveis de confiança na indústria e nos serviços, verificando-se, em sentido contrário, um aumento do indicador de confiança dos consumidores e, em menor grau, no comércio a retalho e na construção”.
Por outro lado, os “indicadores de curto prazo (ICP) relativos à atividade económica na perspetiva da produção, disponíveis para julho, continuam a apontar para elevados crescimentos homólogos em termos nominais, verificando-se um abrandamento na indústria e uma aceleração nos serviços”, destaca o gabinete de estatísticas. “Em termos reais, registou-se uma aceleração na construção e uma diminuição na indústria”, expõem.
Já os indicadores relativos aos consumidores mostram uma evolução menos negativa. O indicador quantitativo de consumo privado acelerou em julho (depois de uma desaceleração entre março e junho), enquanto a confiança dos consumidores estabilizou em agosto, “após ter aumentado no mês anterior, mantendo-se num patamar relativamente estável desde a forte queda registada em março.
(Notícia atualizada às 11h45)
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