Diversidade e inclusão. 84% dos portugueses querem ver empresas mais focadas no tema
84% dos trabalhadores em Portugal acredita que a sua organização deveria dar mais atenção à diversidade e inclusão. Colaboradores portugueses entre aqueles que mais valorizam este tema.
A grande maioria (84%) dos colaboradores em Portugal acredita que a sua organização deveria prestar mais atenção à diversidade e inclusão (D&I) na empresa, com 75% dos profissionais a considerar importante trabalhar numa companhia que valoriza a diversidade e a inclusão, número que torna Portugal o segundo país europeu que mais prioriza este tema, só suplantado pela Dinamarca. O tema é já uma prioridade para as empresas, revela um recente estudo elaborado pela GoodHabitz.
“É bom saber que os colaboradores sentem que as suas organizações estão a fazer um esforço para criar um ambiente de trabalho inclusivo. Isto mostra o quão importante este tópico é. No entanto, este é um trabalho que tem de ser feito por todos e não apenas pelos gestores. Os empregadores não podem forçar um local de trabalho mais inclusivo. Isto é certamente algo que eles devem promover e incentivar, mas é igualmente importante que os colaboradores também contribuam para um local de trabalho inclusivo, aberto e seguro, sendo essencial desenvolverem as soft skills certas para apoiar a estratégia de Diversidade e Inclusão da empresa”, afirma Pedro Monteiro, porta-voz da GoodHabitz, em Portugal, citado em comunicado.
No contexto português, nota-se que a diversidade e inclusão não é apenas uma prioridade para os trabalhadores, mas é também para as organizações: 66% dos inquiridos em Portugal afirma que a organização para a qual trabalha está a esforçar-se para criar eficazmente um local de trabalho mais inclusivo e diversificado. A percentagem nacional está acima da média europeia, que se situa nos 61%.
Quando inquiridos sobre a aceitação e abertura para temas de diversidade e inclusão cultural no local de trabalho, a maioria dos portugueses sente que as diferenças culturais podem ser discutidas dentro da sua organização. Contudo, quase um em cada 10 (9%) não se sente à vontade para discutir diferenças culturais com os colegas. Apesar disso, 69% dos trabalhadores sente que os seus gestores aceitam pessoas de diferentes culturas e etnias, o que é também superior à média europeia de 66%.
63% dos trabalhadores portugueses sentem que podem falar abertamente sobre a sua orientação sexual
Relativamente à abertura dos trabalhadores portugueses quanto à sua orientação sexual no ambiente de trabalho, à semelhança da média europeia, a maioria (63%) sente que pode falar abertamente sobre o tema. Os países mais abertos e inclusivos neste sentido são a Dinamarca (78%), seguida dos Países Baixos (73%) e do Reino Unido (72%).
Simultaneamente, sobre o estado atual da qualidade da equidade, também 63% dos inquiridos em Portugal afirma que sente que todas as pessoas na sua organização são tratadas de forma igual. Porém, ainda que mais de metade dos colaboradores europeus e portugueses sintam que podem ser eles próprios no local de trabalho e que são tratados de igual forma, cerca de 20% dos inquiridos são ainda neutros na matéria. “O que pode demonstrar que os colaboradores ainda não estão familiarizados com o assunto ou que não lhe dão importância”, considera a GoodHabitz.
11% dos portugueses dizem que o género influencia o salário
Questionados sobre a igualdade de remuneração, 11% portugueses revelam que o género afeta o seu salário, “o que significa que mais de um em cada 10 colaboradores pode sentir que é tratado de forma diferente apenas por causa do seu género”.
Ainda assim, em Portugal, 65% dos colaboradores acreditam que o género não influencia o seu salário.
A pesquisa levada a cabo pela empresa de e-learning corporativo, em parceria com a Markteffect, foi realizada através de inquéritos a mais de 13.000 colaboradores em 13 países europeus, dos quais fizeram parte 1.047 pessoas da população ativa em Portugal, entre os 25 e 55 anos de diferentes funções e indústrias e em empresas de diferentes dimensões.
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