Hidrogénio offshore pode vir a ter lugar em Portugal, diz CEO da EDP Inovação

A produção de hidrogénio offshore -- isto é, em plataformas flutuantes no mar -- está a ser estudada pela EDP. Caso a tecnologia dê provas de que é viável, Portugal pode "perfeitamente" implementá-la.

O CEO da EDP Inovação, António Coutinho, considera que há condições em Portugal para desenvolver projetos de hidrogénio offshore, caso estes se demonstrem passíveis de implementação, embora ainda não seja certo que cheguem a ser uma realidade — estão, de momento, a ser estudados pela elétrica.

“Pode ser implementada em Portugal perfeitamente”, mas “ainda estamos numa fase em que estamos a procurar perceber a tecnologia”, indica o responsável, indicando que há que perceber, não só, se projetos de hidrogénio offshore são exequíveis tecnologicamente, mas também se são viáveis economicamente. Só depois pode avançar o desenvolvimento de negócio. No entanto, avança que vê duas vantagens face ao hidrogénio verde produzido em terra: o acesso à água (usada para a eletrólise, após dessalinização) e o espaço, que em terra é mais limitado, defende.

A administradora com o pelouro da Inovação, Ana Paula Marques, acredita que, se a inovação “já era muito importante”, agora, face ao conflito na Ucrânia e consequente crise energética, passa a “ter um papel central” para a empresa, tendo em conta o papel de liderança que pretende ter na transição energética. Além do hidrogénio offshore, também em declarações aos jornalistas no evento, destaca as redes inteligentes, a captura de carbono e a inteligência artificial aplicada às renováveis como as áreas, dentro dos sete domínios de inovação, em que a EDP tem investido.

Até 2025, a EDP tem mil milhões de euros para investir em inovação e outros 1000 milhões para a digitalização, tal como já havia sido comunicado na Web Summit do ano anterior. A inovação está a acontecer sobretudo e Portugal, Espanha e no Brasil, mas também há novos hubs a crescer nos Estados Unidos e Singapura. A EDP é “agnóstica” em relação à geografia, garante a administradora, afirmando que qualquer um dos 29 mercados pode ser berço de inovação.

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