Caso EDP: Ministério Público faz novas buscas à casa de Manuel Pinho. Carlos Alexandre arresta pensão de 17 mil euros a Manuel Pinho
As autoridades já apreenderam dois quadros, duas fotografias, garrafas de vinho e uma mesa de flippers. Manuel Pinho ficou também com a pensão arrestastada por ordem de Carlos Alexandre.
Esta quinta-feira, o Ministério Público levou a cabo novas buscas à casa de Manuel Pinho no âmbito do processo EDP, avançou a SIC Notícias. O ex-ministro da Economia foi constituído arguido no âmbito do caso EDP no verão de 2017 por suspeitas de fraude fiscal e branqueamento de capitais, num processo relacionado com dinheiros provenientes do Grupo Espírito Santo.
De acordo com o Expresso, o antigo ministro da Economia disse que as autoridades já apreenderam dois quadros, duas fotografias, um conjunto de garrafas de vinho e uma mesa de flippers. Manuel Pinho indicou ainda que nestas buscas foram feitas novas cópias do disco do seu computador.
Já segundo o Observador, Manuel Pinho vai ficar provisoriamente sem o valor total da pensão líquida de 17 mil euros ( cerca de 30 mil euros brutos) que recebe enquanto ex-administrador do BES. O arresto foi decidido pelo juiz Carlos Alexandre por promoção dos procuradores Carlos Casimiro e Hugo Neto, titulares do caso EDP.
Em maio, o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) realizou novamente novas buscas no âmbito do processo EDP/CMEC. Em concreto, foram feitas sete buscas domiciliárias em apartamentos localizados em Lisboa. As buscas foram feitas a apartamentos pertencentes a Manuel Pinho.
Carlos Alexandre aplicou uma caução de seis milhões a Manuel Pinho e prisão domiciliária com pulseira eletrónica. O ex-ministro ficou assim como o arguido com a mais alta caução aplicada pela justiça portuguesa. No início de fevereiro, o juiz de instrução Carlos Alexandre aceitou o pedido de arresto de três imóveis do ex-ministro da economia e de 10 da mulher Alexandra Pinho.
O caso EDP está relacionado com os Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC) no qual os antigos gestores António Mexia e Manso Neto são suspeitos de corrupção e participação económica em negócio para a manutenção do contrato das rendas excessivas, no qual, segundo o MP, terão corrompido o ex-ministro da Economia Manuel Pinho e o ex-secretário de Estado da Energia Artur Trindade.
Manuel Pinho foi constituído arguido no verão de 2017, por suspeitas de corrupção e branqueamento de capitais, num processo relacionado com dinheiros provenientes do Grupo Espírito Santo (GES). No processo EDP/CMEC, o MP imputa aos antigos administradores António Mexia e Manso Neto, em coautoria, quatro crimes de corrupção ativa e um crime de participação económica em negócio.
O processo tem ainda como arguidos Ricardo Salgado, antigo presidente do GES, João Conceição, administrador da REN e antigo consultor de Manuel Pinho, e Artur Trindade, ex-secretário de Estado da Energia de um governo PSD.
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