Falência da FTX acelera regulamentação de criptomoedas
O pedido de falência da corretora de criptomoedas FTX acelerou a necessidade de regulamentação do setor e as plataformas de criptomoedas estarão em foco no próximo ano, diz ovo presidente do IOSCO.
O pedido de falência da corretora de criptomoedas FTX acelerou a necessidade de regulamentação do setor e as plataformas de criptomoedas estarão em foco no próximo ano, aponta o novo presidente do Organização Internacional de Valores Mobiliários (IOSCO, na sigla em inglês).
“O sentido de urgência não era o mesmo há dois ou três anos. Existem algumas opiniões divergentes sobre se as criptomoedas são um problema real a nível internacional, porque algumas pessoas pensam que ainda não representam um problema e um risco material”, afirma Jean-Paul Servais, em entrevista à Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês).
“As coisas estão a mudar e devido à interconectividade entre os diferentes tipos de negócios, acho importante iniciar uma discussão”, acrescenta o responsável. Nesse sentido, Jean-Paul Servais admite que a regulamentação de plataformas de criptomoedas poderia basear-se em princípios aplicados noutros setores que lidam com conflitos de interesses, como as regras aplicadas a agências de rating ou a empresas que fornecem serviços de dados de mercado.
A IOSCO já estabeleceu os princípios para regular as stablecoins, mas o colapso da FTX focou a atenção nas plataformas que comercializam as criptomoedas. Em entrevista à Reuters, novo presidente do IOSCO sinaliza, por isso, que “por motivos de proteção ao investidor, é necessário dar uma clareza adicional a esses mercados” e garante que o organismo vai divulgar um relatório sobre este assunto “no primeiro semestre de 2023”.
Este ano está a ser bastante penalizador para os investidores de criptomoedas. De acordo com o Cinco Días, a dívida vinculada a empresas expostas a ativos digitais regista perdas de 73% face há um ano, altura em que as criptomoedas atingiam máximos históricos.
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