Compras online crescem 36% em 2021. Gastámos dez mil milhões de euros

  • Mariana Marques Tiago
  • 30 Novembro 2022

No último ano os portugueses gastaram dez mil milhões de euros em compras online. Mulheres já superam os homens no comércio eletrónico, representando 52% do total de operações.

Os portugueses gastaram dez mil milhões de euros na compra de bens e serviços online no ano passado, mais 36,2% do que em 2020, revela o relatório anual dos CTT CTT 0,45% sobre o comércio eletrónico. De acordo com a análise, divulgada esta quarta-feira, os hábitos de consumo virtual dos portugueses estão agora mais equiparados aos dos países europeus mais desenvolvidos.

Mesmo perante um ano atípico, ainda marcado pela Covid-19 e pelo aumento da inflação, cerca de cinco milhões de adultos portugueses fizeram compras pela internet em 2021, mais meio milhão do que no ano anterior, gastando em média cerca de 54,50 euros por compra.

O relatório estima também uma “ligeira subida” do valor total das compras online no ano completo de 2022, com base, sobretudo, na venda de serviços.

No que toca aos hábitos de consumo, 73% dos portugueses que aderem ao comércio eletrónico admitem fazer pelo menos uma compra por mês e 13% fazem compras na internet todas as semanas.

Segundo o estudo, pela primeira vez os principais consumidores são mulheres, representando 52% do total de compras online. Relativamente à faixa etária, os principais consumidores das lojas virtuais têm entre 18 e 44 anos. Para os CTT, coloca-se “um novo desafio às marcas”, que vão ter de desenvolver formas eficazes de “captar o cliente mais sénior”, que até ao momento continua a preferir consumir nas lojas físicas, mas “assumirá um papel importante no futuro”.

O tipo de produto mais procurado pelos consumidores na internet é o vestuário e calçado, refere o relatório dos CTT, sendo apontado por 73% dos inquiridos que compram online. Segue-se o equipamento eletrónico e informático; os livros e filmes; e, por último, os produtos de higiene e cosmética.

Com o objetivo de se adaptarem a uma maior procura nas lojas virtuais, as marcas viram-se ainda obrigadas a repensar a sua estratégia, segundo os CTT. Por isso mesmo, houve um alargamento da oferta e das opções de entrega, assim como de devoluções, nota a empresa postal, que vê no segmento de Expresso e Encomendas o futuro do seu negócio.

Para o futuro, o relatório prevê que se registará uma menor sazonalidade da venda online, assim como um aumento do número de compras feitas por consumidor. Inclusivamente, 48,6% dos comerciantes que vendem na internet preveem um aumento das vendas em 2023, mesmo com a reabertura total das lojas físicas.

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