Apoios extra a famílias e empresas “excedem em muito” o aumento da receita do IVA, diz Costa

"O conjunto de apoios extraordinários que temos dado às famílias e às empresas excedem em muito aquilo que foi o aumento da receita do IVA", afirmou António Costa.

O primeiro-ministro vê com bons olhos a revisão em alta das estimativas de crescimento do PIB para este ano por parte do Banco de Portugal (BdP), mas sublinha que previsões da inflação suscitam atenção. António Costa garante que apoios dados às famílias “excedem em muito” a receita extraordinária arrecadada pelo Estado devido à escalada de preços.

“As previsões doBdP têm boas noticias e têm noticias que nos devem suscitar atenção”, atirou António Costa em reação às previsões da instituição liderada por Mário Centeno que prevê que a economia portuguesa cresça 6,8% este ano e 1,5% em 2023, isto é, uma previsão mais otimista do que o Governo que aponta para um crescimento de 6,5% em 2022 e 1,3% no próximo ano. “Isso é bom”, acrescentou o líder do Executivo.

No entanto, António Costa sublinha que a revisão em alta da inflação – com o BdP a prever que esta atinja os 8,1% este ano (contra os 7,4% estimados pelo Governo) – suscita atenção. Perante esta margem orçamental e questionado pelos jornalistas sobre se o Executivo não estará a dar tudo o que pode para atenuar o impacto da escala de preços, o primeiro-ministro reitera que Executivo tinha o “compromisso fundamental” de devolver às famílias e empresas a receita extraordinária do IVA ou de outros impostos especiais por via da inflação e garante que “tem cumprido o objetivo fixado”.

“O conjunto de apoios extraordinários que temos dado às famílias e às empresas excedem em muito aquilo que foi o aumento da receita do IVA. Era a receita que tínhamos previsto e a receita extraordinária que resultou do aumento de preços”, rematou o chefe de Governo.

Não obstante, o primeiro-ministro lembra que se vivem tempos de “grande incerteza” pelo que é necessário cautela. “Quem faz um orçamento seja na sua família, empresa ou no Estado tem de estar preparado para o pior e desejando o melhor“, refere, acrescentando que se o Governo não tivesse acautelado margem orçamental quando a guerra começou não estava “em condições de apoiar as famílias”.

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