Greve da CP levou à supressão de metade dos comboios previstos até às 8h
A adesão à greve até às 8h era de 100% e apenas estão a ser cumpridos os serviços mínimos, garante o presidente do Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses.
A CP suprimiu 125 das 245 ligações programadas entre a meia-noite e as 8h desta quarta-feira, devido à greve de maquinistas, de acordo com fonte oficial da empresa.
O presidente do Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ), António Domingues, disse, por sua vez, que a adesão à greve até às 8h00 era de 100% e que apenas estão a ser cumpridos os serviços mínimos. De acordo com o balanço feito pela CP à Lusa cerca das 08h30, estavam programados 245 comboios, foram efetuados 120 e suprimidos 125.
Dos 125 comboios suprimidos, sete eram de longo curso (realizaram-se cinco) e 31 regionais (realizaram-se 41). No que diz respeito aos comboios urbanos de Lisboa e Porto foram realizados 43 e 31 e suprimidos 72 e 15, respetivamente.
Os trabalhadores das categorias representadas pelo SMAQ cumprem uma greve total, entre as 00h00 desta quarta-feira e as 23h59 de quinta-feira.
Na segunda-feira, os maquinistas iniciaram uma greve ao trabalho extraordinário e em dias de descanso, que se prolongará até às 23h59 de domingo. O protesto do SMAQ pretende reclamar melhores condições de trabalho e aumentos.
Em comunicado publicado no site do sindicato é referido que a paralisação terá mais impacto entre “as 00h00 do dia 4 de janeiro de 2023 [hoje] e as 24h00 do dia 5 de janeiro de 2023 [quinta-feira]”, quando os trabalhadores “das categorias representadas pelo SMAQ” se encontram “em greve à prestação de todo e qualquer trabalho”.
O sindicato reivindica a “melhoria das condições de trabalho nas cabines de condução e instalações sociais” e das “condições de segurança nas linhas e parques de resguardo do material motor”.
O SMAQ exige também a “humanização das escalas de serviço, horas de refeição enquadradas e redução dos repousos fora da sede”, a “implementação de um efetivo protocolo de acompanhamento psicológico aos maquinistas em caso de colhida de pessoas na via e acidentes”, o “reconhecimento e valorização das exigências profissionais e de formação dos maquinistas pelo novo quadro legislativo” e o cumprimento integral do acordo de empresa.
O sindicato pretende ainda o “reconhecimento de categoria superior aos associados do SMAQ que desempenham/desempenharam serviço em órgãos de acompanhamento de tráfego” e manifesta-se “contra a absurda discriminação das categorias operacionais em matéria de tolerâncias de ponto na quadra festiva”.
Para esta quarta e quinta-feira foram definidos serviços mínimos, que podem ser consultados no site da empresa, para serviços Alfa Pendular e Intercidades; Regional, InterRegional e Internacional; Comboios Urbanos do Porto e de Coimbra e Comboios Urbanos de Lisboa, destacou ainda.
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