Sonangol admite fusão do BCP se aumentar valor do banco
CEO da petrolífera angolana considera que participação no BCP é estratégica e para manter. Ainda assim, admite fusão do banco com outra instituição se aumentar o valor em bolsa.
Apesar de considerar o investimento “estratégico”, a Sonangol admite o cenário de uma fusão do BCP BCP 0,00% com outra instituição desde que “promova o aumento do valor do banco e melhore as suas cotações na bolsa”, segundo adiantou o CEO da petrolífera angolana, Sebastião Gaspar Martins, em entrevista à agência Reuters.
“Acreditamos que, na medida em que qualquer movimento de fusão reforce a nossa posição, no que diz respeito ao aumento de vantagens competitivas e diversificação do risco, vamos continuar a prestar atenção ao comportamento dos mercados e as nossas decisões serão baseadas em avaliações a serem feitas antes de qualquer movimento”, adiantou o responsável.
A Sonangol detém uma participação de 19,49% no banco português, sendo o segundo maior acionista, atrás dos chineses da Fosun, com 29,95% do capital.
Os últimos meses têm sido marcados por declarações do governador do Banco de Portugal sobre movimentos de fusões e aquisições na banca portuguesa. Mário Centeno disse à Reuters em novembro que uma maior consolidação do setor é “inevitável”. Em dezembro, questionado pelo Jornal de Negócios (acesso pago) sobre uma eventual fusão entre o BCP e o Novobanco, o governador considerou que “sinergias desse emparelhamento seriam benéficas”.
Além do BCP, a Sonangol também está presente na estrutura acionista da Galp, com uma participação indireta por via da holding Amorim Energia, que controla 33% da petrolífera portuguesa.
Sebastião Gaspar Martins sublinhou que os dois investimentos representam interesses estratégicos e financeiros para a Sonangol, “e por esta razão mantém a sua participação nas duas empresas, continuando a acompanhar o seu desempenho, no sentido de assegurar a sua valorização e ganhos com dividendos”.
Disse ainda que “a Sonangol vai manter os seus investimentos nas duas empresas, enquanto se mostrar estratégica e financeiramente viável”.
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