Endesa volta a ser a principal fornecedora de eletricidade do Estado em 2023

Apesar da polémica com o Governo em agosto passado, que resultou das declarações de Nuno Ribeiro da Silva sobre o impacto que o custo do mecanismo ibérico teria no aumento das faturas elétricas, a Endesa voltou a ser a principal fornecedora de eletricidade do Estado e entidades públicas, avança o Observador (acesso livre), que cita fonte da Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública (Espap). Ao todo, a elétrica espanhola ganhou três lotes no procedimento contratual de fornecimentos conjuntos, no valor de 253,5 milhões de euros.

No fornecimento de eletricidade, para além dos três lotes atribuídos à Endesa, foi ainda adjudicado um lote à Galp (Petrogal) no valor de 93,1 milhões de euros, sendo que os quatro lotes que foram a concurso representam o abastecimento elétrico a 415 entidades públicas.

A Galp venceu também o lote único a concurso para o abastecimento de gás natural, no montante de 83,2 milhões de euros, enquanto o fornecimento de combustíveis rodoviários ficou dividido entre a Galp (37,5 milhões de euros), a Repsol (7,4 milhões de euros) e a BP Portugal (433 mil euros).

A Endesa já tinha sido a principal fornecedora de eletricidade ao Estado em valores no ano passado. Em 2022, a elétrica espanhola liderada por Nuno Ribeiro da Silva – que está de saída – ganhou três lotes do concurso lançado ao abrigo do acordo quadro assinado em 2020 e com validade até 2024, por um valor de 105,6 milhões de euros.

De acordo com dados de agosto da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), a Endesa era aquela que tinha a maior quota de mercado no abastecimento aos grandes consumidores.