Costa vai inaugurar obras e distribuir cheques no meio da crise política

O primeiro-ministro, os ministros e vários secretários de Estado vão andar dois dias pelo distrito de Castelo Branco a visitar empresas, inaugurar obras, assinar acordos e distribuir cheques do PRR.

Depois de várias demissões e com vários dos seus ministros mais importantes ainda debaixo de fogo, como Fernando Medina (Finanças), João Gomes Cravinho (Negócios Estrangeiros) ou Duarte Cordeiro (Ambiente), António Costa decidiu retomar a iniciativa “Governo Mais Próximo”, ocupando a agenda com perto de 50 eventos, desde inaugurações, visitas, assinaturas de acordos e distribuição de cheques do PRR.

Na quarta e na quinta-feira, o primeiro-ministro, todos os ministros e vários secretários de Estado do Executivo socialista vão visitar todos os concelhos do distrito de Castelo Branco, “em visitas e reuniões de trabalho, à procura de respostas para os problemas e desafios da região”. Na agenda está inclusive uma reunião descentralizada do conselho de ministros, agendada para o Centro Cultural e Contemporâneo de Castelo Branco.

“Com uma agenda focada no território, o ‘Governo Mais Próximo’ promove o desenvolvimento económico e social da região, reforça a coesão territorial e concretiza, desta forma, um dos compromissos centrais assumidos no programa do Governo”, lê-se na nota de agenda enviada às redações pelo gabinete de Costa, que destaca que a iniciativa foi interrompida pela pandemia e os encontros previstos com autarcas e agentes ligados à indústria, agricultura, economia social, justiça ou cultura.

Na agenda de António Costa está a inauguração de uma residência universitária na Covilhã, a assinatura de contratos do PRR na área da alimentação em Idanha-a-Nova e no Fundão para a construção de 700 fogos de habitação acessível. Mas o dia arranca ao lado de António Costa Silva, ministro da Economia, com uma visita às instalações da Dielmar, que entrou em processo de falência no verão de 2021 e que no início do ano passado acabou por passar para as mãos do grupo têxtil Valérius, com origem em Barcelos.

José Manuel Vilas Boas Ferreira, presidente do grupo Valérius

Após já ter recuperado vários negócios em dificuldades, o grupo liderado pelo comendador José Manuel Vilas Boas Ferreira, pagou 275 mil euros para ficar com os ativos da histórica empresa de confeções de Alcains e anunciou posteriormente um investimento de 1,5 milhões de euros para renovar os equipamentos e modernizar a própria unidade fabril. Retomou em julho a produção de fatos e sobretudos para homem, com 180 trabalhadores, e segundo o jornal T, além de já ter conquistado novos clientes, contratou para a gestão o filho de um dos quatro fundadores da empresa.

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