Confiança dos consumidores recupera dos mínimos desde a pandemia

A confiança dos consumidores recuperou no final do ano passado e início deste, depois de um período de três meses com “perfil negativo” e que culminou, em novembro, com o valor mais baixo desde abril de 2020, no início da pandemia.

Guerra, alta dos preços e subida dos juros tiveram um efeito negativo na confiança das famílias ao longo de 2022. Porém, o final do ano passado trouxe já os primeiros sinais de inversão dessa tendência, consolidando-se a recuperação já no arranque de 2023, segundo um inquérito do Instituto Nacional de Estatística (INE).

“O indicador de confiança dos consumidores aumentou em dezembro e janeiro, interrompendo o perfil negativo dos três meses anteriores, que tinha resultado, em novembro, no valor mais baixo desde abril de 2020 no início da pandemia”, adianta o gabinete de estatísticas.

Confiança dos consumidores aumenta

De acordo com o INE, a recuperação da confiança dos consumidores “resultou do contributo positivo das perspetivas de evolução futura da realização de compras importantes por parte das famílias, da situação económica do país, e, em menor grau, da situação financeira do agregado familiar“.

Por outro lado, 2023 arranca com uma subida do indicador de clima económico, “após ter interrompido nos últimos três meses o movimento descendente iniciado em março”. Indústria Transformadora, Construção e Obras Públicas, Comércio e Serviços registaram aumentos dos índices de confiança em janeiro, em relação a dezembro.

Segundo o INE, os saldos das expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda diminuíram entre novembro e janeiro na Indústria Transformadora e no Comércio. Por sua vez, este saldo aumentou nos últimos três meses nos Serviços e aumentou em janeiro na Construção e Obras Públicas, após ter diminuído entre outubro e dezembro.

(Notícia atualizada às 9h52)