Portugal paga 3,2% para se financiar em mil milhões a 9,5 anos. Custo da emissão aumentou

A primeira emissão obrigacionista do ano resultou na emissão de 1.000 milhões de euros a 9,5 anos por 3,2%, um preço 1,2 vezes acima do que o Estado pagou em junho por uma emissão semelhante.

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) emitiu esta quarta-feira 1.000 milhões de euros a nove anos e meio pelo preço de 3,172%, através da linha obrigacionista OT 1,65% 16jul2032.

O leilão realizado esta manhã contou com uma procura 2,34 vezes acima da oferta e marcou a primeira emissão de obrigações do Tesouro do ano. O preço que o Estado pagou ficou em linha com a yield de 3,2% que os títulos estavam a negociar ontem ao final da tarde.

Na última emissão com características semelhantes, que ocorreu a 8 de junho do ano passado, o Estado financiou-se em 750 milhões de euros através da linha obrigacionista OT 0,3% 17Oct2031 pelo qual pagou 2,68%.

Recorde-se ainda que na última emissão de Obrigações do Tesouro de 2022, através de um leilão a nove anos a 12 de outubro, a yield da operação foi de 3,23% e terminou com o financiamento da República em 651 milhões de euros.

No espaço de oito meses, o preço de Portugal para se financiar no mercado de dívida a nove anos e meio aumentou 49 pontos base, como resultado da subida das taxas de juro e da política monetária do Banco Central Europeu para travar a subida da taxa de inflação na Zona Euro.

Segundo o programa de financiamento da República para 2023, e já contabilizando os 1.000 milhões angariados esta quarta-feira, Portugal tem ainda planeado a emissão de cerca de 19 mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro e Medium Term Notes (MTN).

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