Países da UE gastaram 681 mil milhões para travar crise energética. Portugal gastou 8,9 mil milhões
Portugal foi o 11.º país entre os membros da União Europeia que mais gastaram com medidas para mitigar os preços da energia a partir de setembro de 2021.
Os 27 países da União Europeia já gastaram um total de 681 mil milhões de euros em medidas para tentar travar a subida dos custos da energia. O montante equivale a mais de oito vezes do empréstimo da troika a Portugal, em 2011. Portugal encontra-se em 11.º lugar entre os países que mais injetaram dinheiro face ao produto interno bruto (PIB), de acordo com a análise do instituto Bruegel.
O think-tank belga contabilizou todas as medidas implementadas – e mesmo as que apenas foram anunciadas – para travar a subir dos preços da energia entre setembro de 2021 e janeiro de 2023.
Se olharmos para o rácio entre o valor gasto e o PIB anual, a Eslováquia lidera a tabela, com medidas que corresponderam a 9,3% do seu PIB. Neste campeonato, Portugal fica na 11.ª posição, com instrumentos como o mecanismo ibérico para limitar o preço do gás para a produção de eletricidade ou os apoios às indústrias mais intensivas a nível energética.
No orçamento total para travar os preços, a Alemanha está em primeiro lugar, com 268,1 mil milhões de euros, praticamente o triplo de Itália (99,3 mil milhões de euros) e de França (92,1 mil milhões de euros). Neste domínio, Portugal já terá gastado 8,9 mil milhões de euros, calcula o instituto Bruegel.
A liderança da Alemanha deve-se, por exemplo, à nacionalização do grupo de gás Uniper e da filial local do grupo russo Gazprom.
Portugal fica pior classificado nas contas das despesas per capita. Neste cenário, Portugal fica em 15.º lugar, com 862 euros por cidadão e o equivalente a 4,2% do PIB per capita. O Luxemburgo é o país que mais gastou por cidadão (3.765 euros).
Fora da União Europeia, o Reino Unido um total de 103 mil milhões de euros nestas medidas; a Noruega usou 8,1 mil milhões de euros.
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