Lone Star negoceia fecho de balcões. Governo controla

O fundo norte-americano que vai ficar com o Novo Banco terá a responsabilidade de, após a conclusão da operação, negociar com a DGComp os remédios em resultado do auxílio dado ao banco.

O Novo Banco tem vindo a encolher, mas vai ter de encolher um pouco mais. Tendo em conta o auxílio adicional que a instituição recebe, são precisos mais remédios para serem aprovados os planos de viabilidade do banco. Fecho de mais balcões, bem como despedimentos, vão ter de acontecer. E será o Lone Star a negociar esses cortes, embora com a vigilância do Governo.

O plano de reestruturação implícito na venda deverá obrigar o Novo Banco a fechar 55 balcões, podendo estes encerramentos levar ao despedimento de 400 trabalhadores. Este é um ponto de partida, mas pode ainda ser revisto, cabendo a negociação com a DGComp ao fundo norte-americano, sabe o ECO.

Contudo, o Governo também estará presente nessas negociações, disse fonte próxima da operação. A ideia será tentar evitar que o fundo negoceie condições mais danosas do ponto de vista social em troca de outras vantagens com vista à rápida obtenção de proveitos com a instituição.

Sem estatuto de transição, mas com limitações

Com a venda ao Lone Star, o Novo Banco vai deixar de ser considerado um banco de transição. Esse estatuto levava a que, por determinação da DGComp, o banco estivesse limitado na sua operação regular, nomeadamente em termos das condições oferecidas aos seus clientes. Era um remédio resultante da ajuda estatal, para evitar que se criassem distorções no mercado.

Apesar de ir deixar de ter esse estatuto, isso não quer dizer que as limitações do banco desapareçam. Fonte próxima do processo explica que como é dado um auxílio adicional ao banco — a mesma explicação para a necessidade de encerrar balcões –, o Novo Banco poderá manter limitações em termos de concessões de crédito a empresas e na captação de depósitos, tendo de praticar taxas em linha com o mercado.

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