Perdas do Fundo de Resolução não penalizam contas públicas
Se o fundo tivesse optado por registar uma imparidade para o que perdeu com o Novo Banco, o défice seria agravado em 2,5 pontos percentuais.
O Fundo de Resolução reconheceu nas suas próprias contas o dinheiro que perdeu com a desvalorização do Novo Banco. Assim, estas perdas não vão pesar nas contas públicas, ainda que o fundo seja uma entidade pública, avança o Jornal de Negócios (acesso pago) na edição desta quinta-feira.
O Fundo de Resolução injetou 4,9 mil milhões de euros no Novo Banco aquando da sua constituição, em 2014, tornando-se no único acionista do banco que resultou da resolução do Banco Espírito Santo (BES). Agora, com o acordo alcançado com o fundo norte-americano Lone Star, o Fundo de Resolução passa a deter uma participação de apenas 25% no Novo Banco, que está avaliada em 333,3 milhões de euros — se não tivesse havido qualquer desvalorização, esta participação de 25% deveria valer 1.225 milhões de euros.
Segundo o Negócios, se o fundo tivesse optado por registar uma imparidade para esta perda de valor, teria tido prejuízos superiores a 4.600 milhões de euros. As contas públicas, por seu lado, seriam penalizadas em igual valor, o que resultaria num agravamento do défice em 2,5 pontos percentuais.
Contudo, o Fundo de Resolução reconheceu a desvalorização do Novo Banco nos seus capitais próprios, através da constituição de uma reserva negativa, escreve o mesmo jornal. Feitas as contas, o fundo terá ficado com uma situação líquida negativa de mais de quatro mil milhões de euros no ano passado; em 2015, os recursos próprios do fundo tinham um valor negativo de 11 milhões.
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