Goldman Sachs vê com bons olhos aumento de capital da EDP Renováveis

Banco de investimento elogia ainda a intenção de fazer um aumento de capital num montante de mil milhões de euros para financiar uma OPA à EDP Brasil.

O Goldman Sachs elogiou o plano estratégico do grupo EDP EDP 0,00% para o período 2023-2026, destacando o aumento de capital de mil milhões de euros anunciado pela subsidiária EDP Renováveis EDPR 0,00% . “Acreditamos que o mercado deve receber essa notícia de forma positiva”, refere o analista Alberto Gandolfi, numa nota de research enviada esta quinta-feira aos clientes do banco.

“A EDP Renováveis anunciou um aumento de capital de mil milhões de euros integralmente subscrito por um Fundo Soberano, evitando assim a criação de um mercado de saliência. Acreditamos que o mercado deve receber essa notícia de forma positiva”, realça o analista.

Segundo consta no plano de negócios para o período de 2023-2026, divulgado esta quinta-feira após envio para a Comissão do Mercado e dos Valores Mobiliários (CMVM), este aumento de capital será suportado por um acordo de investimento com o fundo soberano de Singapura, o grupo GIC, “um dos principais investidores mundiais a longo prazo”, que pagará entre 19,25 e 20,5 euros por cada ação da EDP Renováveis.

A ideia é financiar parcialmente o plano de investimento apresentado, sendo que a empresa planeia investir 20 milhões de euros no desenvolvimento de 17 gigawatts (GW) de adições de capacidade renovável até 2026.

Além disso, o Goldman Sachs destaca ainda o aumento de 25% do investimento em capital por parte da empresa (Capex) “para acelerar o crescimento orgânico de renováveis ​​e capitalizar o recente”, bem como o facto de com este plano a empresa pretender chegar a 2026 com resultado líquido de 9 mil milhões de euros.

“O plano conseguiu combinar um crescimento mais forte, atualizações de ganhos, um portefólio simples e uma alavancagem sustentável“, lê-se ainda numa outra nota de research do Goldman Sachs sobre a EDP.

Não obstante, entre os “principais riscos” deste plano, o banco de investimento aponta os preços de energia abaixo do esperado, os aumentos das taxas de juro ou atrasos na lei norte-americana para a redução da inflação, que inclui créditos fiscais e subsídios aos consumidores e empresas nos EUA para investirem em veículos elétricos, turbinas eólicas e hidrogénio verde e já mereceu críticas por parte de Bruxelas.

Já sobre a EDP, o Goldman Sachs elogia ainda a intenção de fazer um aumento de capital num montante de mil milhões de euros para financiar uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre o total do capital social da EDP – Energias do Brasil. “O negócio gerará lucros desde o primeiro dia, de forma puramente mecânica. Acreditamos que o mercado receberá bem essa abordagem”, conclui.

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