Revista de imprensa internacional

  • Juliana Nogueira Santos
  • 10 Abril 2017

Da conquista da Lyft até aos delatores do Reino Unido e de Pequim, estas são as cinco notícias que marcam a atualidade internacional.

Hoje, as manchetes internacionais anunciam castigos por identificar delatores no Reino Unido e prémios para quem queira ser um em Pequim. No outro lado do Atlântico, a maior rival da Uber garante milhões em financiamento e quer continuar a tentativa de destronar a líder.

Bloomberg

Administração do Barclays repreende CEO por tentar identificar delator

O presidente executivo do Barclays está a ser alvo de uma investigação por parte das autoridades britânicas por ter tentado identificar um delator em 2016. Jes Staley tentou descobrir quem foi o responsável por uma carta que alertava o banco para um assunto que envolvia um executivo sénior.

Staley afirmou que acreditava que estava dentro dos seus poderes a identificação do autor da dita carta, quando na verdade não o podia fazer. O presidente executivo do banco já pediu desculpa à administração por não ter feito a melhor gestão do assunto, mas isto irá custar-lhe não só uma repreensão formal, como também um ajuste na componente variável do seu salário.

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Financial Times

Lyft angaria mais de 500 milhões de dólares

Numa tentativa de ganhar terreno em relação à sua principal rival, a Lyft conseguiu angariar mais de 500 milhões de dólares, vendo a sua avaliação a subir até aos 7,4 mil milhões de dólares. Este financiamento irá ser aplicado na expansão dos serviços em território norte-americano.

A tecnológica tem lucrado com os sucessivos boicotes à Uber, mas ainda continua num patamar bem abaixo desta, que está avaliada em 62,5 mil milhões de dólares. Em 2016, a Lyft apresentou receitas de 708 milhões de dólares, mas, tal como a Uber, ainda não conseguiu ser lucrativa. No mesmo ano, sofreu perdas de 606 milhões de dólares. A empresa espera chegar ao terreno positivo em 2018.

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The Guardian

Carros a gasóleo podem melhorar a qualidade do ar

Os automóveis a gasóleo podem ser uma peça chave na melhoria da qualidade do ar nas cidades, bem como na luta contra as alterações climáticas. A conclusão é da associação de produtores e vendedores de automóveis britânicos, que divulgou um relatório intitulado “10 factos que tem de saber sobre o gasóleo”.

Neste pode ler-se que, desde que os escândalos relativos aos motores diesel surgiram, a indústria adaptou-se e fez progressos em relação às emissões de gases tóxicos. São exemplos destes progressos os novos filtros de partículas e tecnologias que convertem os óxidos de nitrogénio em nitrogénio inócuo.

Na passada semana, a Câmara de Londres anunciou que os carros a diesel com mais de quatro anos em 2019 vão pagar 12,50 libras para entrarem na cidade, em adição à taxa de congestionamento, para que a poluição diminua no interior da cidade.

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BBC News

Libor: Banco de Inglaterra envolvido em gravações secretas

Gravações secretas que datam de 2008 mostram que o banco central britânico pressionou repetidamente os bancos comerciais para baixarem a taxa de juro à qual os bancos emprestam dinheiro entre si, a Libor, que vai também estabelecer a taxa para empréstimos a consumidores.

Nestas gravações pode ouvir-se um gestor sénior do Barclays, Mark Dearlove, a afirmar a Paul Johnson, um dos responsáveis pelo estabelecimento da taxa, que “estamos sob grande pressão do governo e do Banco de Inglaterra para empurrarmos a Libor para baixo”. Johnson foi preso no último verão depois de se ter admitido que aceitou ordens de investidores para manipular a Libor.

Em resposta a este caso, o Banco de Inglaterra afirmou que nessa altura a Libor não era alvo de regulação em território britânico.

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Quartz

Pequim paga 72 mil dólares a quem apanhe um espião estrangeiro

A partir desta segunda-feira o governo da capital chinesa vai recompensar muito bem quem encontrar um espião estrangeiro. Quem entregar um estrangeiro que conduza atividades como “infiltrar, subverter, roubar informação estatal e unir-se em conluio para instigar revoltas” receberá até 500 mil yuan, ou 72 mil dólares.

Esta medida é uma das tentativas de travar uma luta contra as “forças estrangeiras”, como lhe chama o presidente chinês Xi Jinping, que veem em Pequim uma localização preferencial para a prática de espionagem.

(Acesso gratuito / Conteúdo em inglês)

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