Banco de Inglaterra sobe juros em 25 pontos, para 4,25%
Depois de se saber que a inflação homóloga no Reino Unido avançou inesperadamente para 10,4% em fevereiro, e apesar da turbulência no setor bancário, o BoE subiu os juros pela 11.ª vez consecutiva.
O Banco de Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) decidiu esta quinta-feira aumentar as taxas de juro pela 11.ª vez consecutiva, com uma subida de 25 pontos base, para 4,25%, em linha com as expectativas dos analistas.
A maioria (sete) dos membros do Comité de Política Monetária do BoE votou a favor deste aumento, argumentando que as perspetivas mais fortes do país para o PIB e o emprego poderiam “reforçar a persistência de custos mais elevados nos preços ao consumidor”, enquanto dois membros votaram na manutenção da taxa diretora em 4%, tal como na reunião de fevereiro. Esta decisão atira os custos dos empréstimos para novos máximos de 2008.
Em comunicado, a autoridade monetária liderada por Andrew Bailey perspetiva que os bancos britânicos sejam “resilientes” e estejam “bem posicionados para continuar a apoiar a economia em vários cenários económicos, incluindo num período de taxas de juro mais elevadas”.
O Comité de Política Monetária aponta também para uma melhoria das perspetivas de crescimento económico e de inflação desde a sua última reunião em fevereiro. Porém, o BoE disse que vai “acompanhar de perto” qualquer efeito que as tensões do mercado possam ter sobre as condições de crédito enfrentadas pelas famílias e empresas.
O objetivo é combater a inflação elevada, que permanece nos dois dígitos e acelerou inesperadamente em fevereiro para 10,4%, embora na reunião anterior o banco central inglês admitisse que era provável que a inflação já tivesse atingido o pico.
O BoE segue, assim, a Reserva Federal dos EUA, que na quarta-feira voltou a subir os juros, mas diminuiu a dose para 25 pontos base. Na manhã desta quinta-feira, o Banco Central da Noruega também anunciou um aumento de 25 pontos base da sua taxa de juro diretora, para 3%.
Já o Banco Central Europeu (BCE) decidiu, na semana passada, aumentar as taxas de juro de referência em 50 pontos base, apesar da turbulência que os mercados financeiros assistiram nos últimos dias com a falência de bancos norte-americanos e com o caos em torno do Credit Suisse.
(Notícia atualizada às 12h38)
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