Não foi à terceira, foi à quarta… Azul vai para a bolsa
Depois de três tentativas e uma suspensão por irregularidades na divulgação de informação, a companhia aérea vai entrar em bolsa. A operação vai permitir um encaixe de 456 milhões de euros.
A companhia aérea brasileira Azul, detida por David Neeleman, vai obter 456,1 milhões de euros na sua tão aguardada entrada na bolsa de valores (IPO, na sigla inglesa), de acordo com uma fonte próxima do processo citada pela Bloomberg. De acordo com a mesma, as ações vão ser vendidas a 21 reais cada. Este valor encaixou-se no intervalo previsto no prospeto da operação que era de 19 a 23 reais.
O processo de entrada em bolsa da empresa do também acionista da TAP começou em 2013 e desde então tem encontrado vários obstáculos. Após três tentativas nos últimos anos, todas adiadas devido à elevada volatilidade do mercado brasileiro e da forte recessão económica, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) brasileira suspendeu na passada quinta-feira a IPO, por irregularidades na divulgação de dados.
A decisão de suspensão foi revogada no dia seguinte, com a CVM a afirmar que a empresa já tinha tomado as providências necessárias para resolver as irregularidades. Assim, as ações vão começar a ser transacionadas esta terça-feira na Bovespa, a Bolsa de Valores de São Paulo. A Azul terá também os American Depositary Receipts (ADR) cotados em Nova Iorque, nos EUA.
A Azul, fundada em 2008 por David Neeleman, é a terceira maior companhia aérea do Brasil, atrás da Latam Airlines e da Gol Linha Aéreas Inteligentes. Registou, em 2016, prejuízos de 37,8 milhões de euros, totalizando uma dívida de perto de 1,2 mil milhões de euros.
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