Taxa de juro do crédito à habitação sobe para 2,83% e atinge máximo de 13 anos

Há 12 meses consecutivos que a taxa de juro do crédito à habitação está a subir. Em março atingiu o valor mais elevado desde junho de 2009.

A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação foi de 2,829% em março, o valor mais elevado desde junho de 2009, traduzindo uma subida homóloga de 204 pontos base face a março de 2022 (0,831%) e mais 29,7 pontos base face a fevereiro deste ano.

Segundo o INE, considerando a totalidade dos contratos, o valor médio da prestação subiu nove euros, para 331 euros, o valor mais elevado desde fevereiro de 2009. Deste valor, 148 euros (45%) correspondem a pagamento de juros e 183 euros (55%) a capital amortizado. “Em março de 2022, a componente de juros representava 16% do valor médio da prestação (255 euros)”, refere o INE.

Há 12 meses seguidos que a taxa de juro do crédito à habitação acumula subidas consecutivas, revelam os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro subiu de 3,409% em fevereiro para 3,507% em março. A atual taxa de juro dos novos contratos foi a mais elevada desde outubro de 2012. Segundo cálculos do INE, “nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação subiu sete euros, para 576 euros”.

A subida das taxas de juro dos créditos à habitação no mês de março foi provocada, sobretudo, por uma subida acentuada das taxas Euribor a partir de meados do mês de março.

Depois de entre 9 de março e 16 de março as três principais taxas Euribor (3, 6 e 12 meses), que servem de referência ao cálculo da taxa de juro da maioria dos contratos de crédito à habitação, terem corrigido dos máximos de 2008, voltaram a subir encontrando-se atualmente a negociar acima desses valores.

Fonte: Refinitiv.

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