Mercados em baixa com nervosismo dos investidores

A bomba que os EUA lançaram sobre o Estado Islâmico no Afeganistão está a causar receio nos investidores. E nem mesmo os sinais fortes do mercado laboral foram suficientes para animar os índices.

As bolsas norte-americanas abriram no vermelho e no vermelho ficaram durante praticamente toda a sessão. Marcado pelas apresentações de resultados de três grandes bancos, mas também pela divulgação de dados positivos sobre a empregabilidade nos Estados Unidos, o dia fica para a história por motivos muito diferentes: as Forças Armadas largaram a maior bomba não nuclear do arsenal norte-americano sobre um complexo do Estado Islâmico no Afeganistão.

A notícia só se soube a poucas horas do fecho dos mercados em Nova Iorque. Mas se os índices já estavam mal, mal ficaram. O S&P 500, composto por muitas das maiores empresas do mundo, encerrou a cair 0,57% para 2.331,33 pontos. O industrial Dow Jones recuou 0,56% para 20.476,34 pontos. Já o tecnológico Nasdaq derrapou 0,41% para 5.811,16 pontos.

Mais uma vez, a escalada nas tensões geopolíticas entre alguns países e os Estados Unidos não estão a animar os mercados. O índice VIX da volatilidade do S&P 500, que mede o receio dos investidores, avança a passos largos há cinco sessões consecutivas. E apesar de ter estado a recuar mais de 5% esta sessão, escalou 1,97% logo após a notícia do bombardeamento no Afeganistão, numa localidade próxima da fronteira com o Paquistão.

O preço do petróleo, que estava a valorizar no momento da abertura das bolsas, está agora a cair pela segunda sessão consecutiva, após várias sessões de fortes ganhos. O contrato de WTI celebra-se em Nova Iorque na 53,04 dólares o barril, uma queda de 0,11%. Ainda no campo das commodities, o preço do ouro voltou a subir 0,83% para 1.285,9 dólares a onça. É a terceira valorização consecutiva da matéria-prima, o que mostra o apetite dos investidores por este ativo de refúgio.

No campo das empresas, JPMorgan Chase, Citigroup e Wells Fargo apresentaram resultados relativos ao primeiro trimestre deste ano. O JP Morgan não conseguiu pôr fim à maré de perdas e as ações do banco caíram pela quinta sessão consecutiva. O mesmo aconteceu com o Citigroup, ainda que ambos os bancos tenham apresentado lucros acima do esperado. Já o Wells Fargo, cujas contas puseram a descoberto um pequeno deslize nos lucros em relação ao esperado, encerrou a sessão a cair mais de 3%.

Este foi ainda um dia marcado pela baixa liquidez em véspera de feriado da sexta-feira santa, mas também pela revelação, por parte do Ministério do Trabalho dos Estados Unidos, do número de pessoas que pediram subsídio de desemprego na semana que terminou a 8 de abril: foram 234.000, um número bastante inferior às estimativas dos analistas.

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