Centeno alerta que Portugal “pode voltar para trás” no caminho de transformação
Portugal está “a meio caminho de um processo de transformação que ainda não terminou e que pode voltar para trás”, disse o governador do Banco de Portugal.
O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, aconselhou esta sexta-feira os jovens do ensino secundário a continuar os estudos e a estarem “preparados” para aproveitar as oportunidades que vão surgir nos próximos anos. “O meu conselho seria que se preparem para aproveitar as oportunidades que vão aparecer”, disse Mário Centeno, em resposta a um aluno durante a “aula aberta” que deu na Escola Secundária Manuel Teixeira Gomes, em Portimão, distrito de Faro.
O governador do Banco de Portugal insistiu várias vezes que “o mais relevante” é que os estudantes do secundário “continuem a estudar” para estar “preparados” para aproveitar as oportunidades que vão surgir no futuro. Mário Centeno explicou que em 1982, quando “o país esteve com dificuldades financeiras”, apenas 2% dos trabalhadores eram licenciados, e em 2011 esse número tinha crescido para “mais de 20%”.
“Hoje estamos melhor preparados e podemos falar de igual para igual com o resto do mundo”, disse o governador, acrescentando que, quando se olha atualmente para os resultados económicos do país, “que todos achamos que são insuficientes e queremos que sejam melhores”, devemos ter este contexto.
Mário Centeno defendeu que Portugal está “a meio caminho de um processo de transformação que ainda não terminou e que pode voltar para trás”. “Preparem-se para as oportunidades que vêm aí e que podem acontecer em qualquer sítio”, repetiu.
O responsável do Banco de Portugal disse que “as novas gerações” fazem parte de uma “transformação” a que tem chamado “revolução silenciosa”. O governador tinha começado a sua “aula” por falar do atual período inflacionista” que tem levado as autoridades monetárias a tomar medidas para que a procura interna se retraia, e assim que as economias cresçam menos.
“O objetivo é que a taxa de inflação desça para 2%”, afirmou Mário Centeno, acrescentando que aquele valor é considerado pelos economistas como “compatível com um crescimento estável para a economia”.
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