Novo administrador executivo do Banco de Fomento iniciou hoje funções

Processo de fit and proper deu entrada no Banco de Portugal no fim de março e só com luz verde do regulador era possível que Hugo Roxo, antigo diretor comercial do Bankinter, iniciasse funções no BPF.

Hugo Roxo, o administrador executivo que foi substituir Tiago Simões de Almeida, que renunciou ao cargo, iniciou oficialmente funções no Banco Português de Fomento, apurou o ECO.

O processo de fit and proper deu entrada no Banco de Portugal no final de março e só com a luz verde do regulador era possível que o antigo diretor comercial do Bankinter desde 2018, com reporte direto à administração daquele banco, iniciasse funções no banco promocional nacional, liderado por Ana Carvalho e Celeste Hagatong.

A escolha do gestor, que fez carreira na área da banca, tendo passado antes pelo Barclays (2008-2016) e pelo grupo Santander (1999-2008), surge depois de Tiago Simões de Almeida ter decidido abandonar o projeto por já não se rever no mesmo, como contou ao ECO o próprio, no final de março.

“O projeto é diferente daquilo que estava à espera. Não concordo muito com algumas coisas que se dizem. Temos de manter coisas no mercado, fazer tudo o que estiver ao nosso alcance e ser um banco. Fazer estas coisas em conjunto”, explicou o responsável que ainda se manteve em funções apesar da demissão.

“Se não é esse o caminho que queremos seguir, prefiro seguir outro”, sublinhou ainda o antigo administrador, detalhando que vai regressar ao BPI, de onde saiu um com uma licença sem vencimento para desempenhar novas funções.

Mas Tiago Simões de Almeida não foi o único a deixar a administração do BPF. Também o então presidente da comissão de auditoria, António Joaquim Andrade Gonçalves, apresentou a demissão por distanciamento face aos novos elementos da comissão executiva, ao que o ECO apurou.

A nova presidente executiva do Banco de Fomento no primeiro balanço da atividade do banco no Parlamento, sublinhou que só em janeiro a equipa tinha ficado completa e por isso, de alguma forma, a atividade da instituição ressentia-se. “A estrutura de gestão societária do BPF está, neste momento, pela primeira vez, completa. Estava prevista a existência até 11 administradores e uma segregação entre a chairman e CEO, mas isso não tinha sido alcançado. Neste novo mandato, desde 14 de novembro, essa situação está ultimada”, disse Ana Carvalho na Comissão de Economia e Obras Públicas, a 11 de janeiro, numa referência à escolha de Celeste Hagatong, selecionada para chairman do Banco de Fomento, por oposição ao acumular de funções que Beatriz Freitas teve de aceitar (CEO e chairman), depois de Vítor Fernandes ter sido preterido na sequência do seu envolvimento na Operação Cartão Vermelho.

O ECO contactou oficialmente o Banco de Fomento, mas até à publicação deste artigo não obteve resposta.

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