Banco de Fomento vai lançar nova linha para financiar compra de empresas
“Vamos lançar uma nova linha para substituir a existente muito em breve, esperamos que ainda no primeiro semestre deste ano, com melhores condições” face à linha ADN2018, disse Simões de Almeida.
O Banco Português de Fomento vai lançar uma nova linha para financiar processos de sucessão e de aquisição de empresas com vista ao desenvolvimento de negócios, a obtenção de ganhos de escala e a exploração de sinergias e ganhos de produtividade. O objetivo é lançar este novo instrumento ainda ano primeiro semestre, substituindo o anterior que já atingiu a sua dotação máxima.
O anúncio foi feito esta terça-feira pelo administrador demissionário do Banco Português de Fomento, Tiago Simões de Almeida. “Vamos lançar uma nova linha para substituir a existente muito em breve, esperamos que ainda no primeiro semestre deste ano, com melhores condições” face à linha de apoio desenvolvimento Negócio – ADN 2018, disse o responsável num debate organizado pela AIP sobre o financiamento das empresas.
Tiago Simões de Almeida explicou a necessidade de lançamento desta nova linha pelo facto de a dotação já ter sido largamente esgotada. “Reabrimos a linha para encaixar mais quatro operações”, reconheceu sem ar detalhes, “mas já não temos espaço na linha”, acrescentou. “Uma linha que era o produto âncora do sistema nacional de garanta mútua”, explicou depois ao ECO, à margem do evento.
A linha que funciona com garantia mútua, subdividia-se em cinco linhas específicas – curto prazo, leasing imobiliário e mobiliário, obrigações ficais e sucessão empresarial. Assim o apoio era dado para fundo de maneio, investimento, garantias técnicas, sucessão empresarial e economia de escala, leasing, entre outras coisas.
A nova linha “melhorada terá gavetas para factoring e confirming e nalguns casos estamos a tentar aumentar os prazo dos empréstimos abrangidos pelo linha. “A linha está desenhada e estamos na fase de acabamentos para depois conseguir negociar com o Estado”, explicou o responsável.
Por outro lado, o responsável revelou que a procura da linha de 600 milhões de euros lançada no início do ano, para financiar necessidades de tesouraria que podem ser concedidas por prazos que variam entre um e oito anos para ajudar as empresas a mitigar os impactos da inflação, já superou os 800 milhões de euros, disse ao ECO Tiago Simões de Almeida.
“Mas quando se verificam as condições de acesso, afinal nem todas as empresas são elegíveis e isso dificulta” a execução da linha. “Há um diálogo, pedido de elementos adicionais” para tentar que as empresas respeitem o critério e “isso faz demorar mais o processo”, explica o responsável. “E depois há o processo de decisão das Sociedades de Garantia Mútua e dos bancos que também tem sido demorado, porque o Banco de Portugal criou obrigações novas quer sobre o Banco de Fomento quer sobre as SGM, e há uma questão de controlo interno que tem a ver com risco e compliance (conformidade), que exige um processo muito mais demorado.
Tiago Simões de Almeida avançou que a contratualização de operações já supera os 30 milhões, mas precisou que este valor peca por defeito, por já estar desatualizado.
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