Banco de Fomento já contratou com metade das capitais de risco do Consolidar

Também assinaram a Crest Capital Partners que pretende gerir 50 milhões do fundo, trazendo 21,43 milhões privados, a 3XP Global, que vai gerir 30 milhões do FdR, e a Touro Capital 20 milhões.

Metade das 14 capitais de risco já assinaram, no início de fevereiro, os contratos com o Banco Português de Fomento no âmbito do Programa Consolidar. Com sete sociedades gestoras a fechar contratos estão assim alocados 274,5 milhões dos 500 milhões que a iniciativa tem.

O ministro da Economia tinha anunciado no Parlamento a 18 de janeiro, que na semana seguinte, o Banco de Fomento ia assinar mais contratos. A mais recente atualização do Banco de Fomento, com data de 1 de fevereiro, dá conta da assinatura de mais quatro contratos, nomeadamente, o da ActiveCap que o ECO deu em primeira mão.

Os primeiros contratos foram assinados no início de janeiro, com a Core Capital e a HCapital Partners. Estas duas capitais de risco gerem 77,5 milhões de euros do Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR) a que se somam 33,95 milhões de euros de capital privado (21,43 milhões de euros no caso da Core Capital e 12,5 milhões no caso da HCapital Partners). Depois, foi a vez da Growth Partners Capital, que se propõe gerir 50 milhões do FdCR e pretende trazer 21,43 milhões de euros de capital privado.

A ActiveCap, que vai receber 47 milhões de euros do FdCR, a que juntará, no mínimo, 20,14 milhões em capital privado, também assinou com o Banco de Fomento, tal como o ECO avançou no arranque de fevereiro. A sociedade gestora de Pedro Correia da Silva, João Ferreira Marques e Francisco Martins foi, entre as 14 selecionadas no Consolidar, a que obteve a melhor pontuação — 2,7 pontos – ocupado assim o primeiro lugar deste ranking, tal como o ECO avançou.

Mas, entretanto, também assinaram a Crest Capital Partners que pretende gerir 50 milhões do fundo, trazendo 21,43 milhões privados; a 3XP Global, que vai gerir 30 milhões do FdR, e a Touro Capital, com 20 milhões. Estas duas capitais de risco prometem trazer 12,86 milhões de euros e 20 milhões, respetivamente.

O Programa Consolidar, financiado pelo Fundo de Capitalização e Resiliência, prevê que as sociedades de capital de risco assegurem a subscrição de fundos com uma dotação mínima de 40 milhões de euros cada um. Além disso, o investimento nos fundos de capital de risco a subscrever será “obrigatoriamente acompanhado de investimento privado, com uma comparticipação de, pelo menos, 30% do capital total de cada fundo”.

Assim, o total dos fundos a subscrever terá, no mínimo, uma dotação global disponível de 712 milhões de euros para capitalizar empresas. E as capitais de risco têm seis meses para levantar o capital privado necessário. Caso não o consigam, o Banco de Fomento poderá não injetar dinheiro nas mesmas.

As contratualizações no âmbito do Consolidar continuam a avançar apesar de a Menlo ter voltado a recorrer aos tribunais, para contestar a opção do Banco de Fomento de responder à sua providência cautelar através de uma resolução fundamentada, na qual alegava o interesse público deste programa, que faz parte das metas definidas no acordo operacional do PRR. O objetivo da Menlo é “travar a unilateralidade da decisão do Banco Português de Fomento de prosseguir com a execução do ato, após o Tribunal ter admitido “liminarmente” o “requerimento cautelar” da Menlo Capital e ordenado, provisoriamente, “a suspensão de eficácia da(s) decisão(ões) de seleção das candidaturas” das 14 capitais de risco.

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