Administração do Banco de Fomento está completa após validação do Banco de Portugal
"Temos cinco administradores não executivos e cinco executivos, dois dos quais entraram há uma semana, após as validações do Banco de Portugal", anuncia a CEO. São Sofia Machado e Pedro Ventaneira.
A presidente executiva do Banco Português de Fomento anunciou esta quarta-feira no Parlamento que, pela primeira vez, a instituição tem a equipa de gestão completa. O Banco de Portugal já deu luz verde aos nomes de Sofia Machado e Pedro Ventaneira, que já estão em funções.
“A estrutura de gestão societária do BPF está, neste momento, pela primeira vez, completa. Estava prevista a existência até 11 administradores e uma segregação entre a chairman e CEO, mas isso não tinha sido alcançado. Neste novo mandato, desde 14 de novembro, essa situação está ultimada”, disse Ana Carvalho na Comissão de Economia e Obras Públicas, numa referência à escolha de Celeste Hagatong para chairman do Banco de Fomento, por oposição ao acumular de funções que Beatriz Freitas teve de aceitar (CEO e chairman) depois de Vítor Fernandes ter sido preterido na sequência do seu envolvimento na Operação Cartão Vermelho.
“Temos cinco administradores não executivos e cinco executivos, dois dos quais entraram há uma semana, após as validações do Banco de Portugal“, revelou a responsável aos deputados. Em causa estão os nomes de Sofia Machado e Pedro Ventaneira, com os pelouros da conformidade e da gestão de risco, respetivamente.
“Todos nós somos independentes, temos experiência diversificada, profunda e complementar entre nós. Consideramos ter hoje a estrutura de missão preparada para a missão do banco, capaz de responder a todas as solicitações, regulamentos e obrigações legais que nos competem”, garantiu Ana Carvalho, numa tentativa de marcar a diferença face à gestão anterior, agastada por notícias pouco positivas.
Todos nós somos independentes, temos experiência diversificada, profunda e complementar entre nós.
Questionada pela deputada Mariana Mortágua, Ana Carvalho fez questão de sublinhar que Sofia Machado vai acompanhar as questões jurídicas, “ajudando o banco a ser mais rápido e célere”, mas isso não implica que, tal como muitas outras “médias empresas”, a instituição não recorra a escritórios de advogados para completar valências que não internamente.
De acordo com o Portal Base, o Banco de Fomento assinou, em novembro, contratos assessoria jurídica com a PRA, Raposo, Sá de Miranda e Associados, mas também com a Cabeçais de Carvalho & Associados para ajudar no contencioso do banco e das sociedades de garantia mútua, depois de levar a cabo concursos públicos para o efeito.
As valências jurídicas revestem-se de especial importância num momento em que o banco está a dirimir em tribunal um processo relacionado com o programa Consolidar, depois de uma das capitas de risco ter contestado os resultados e interposto uma providência cautelar para suspender as contratualizações.
Ana Carvalho explicou ainda que a saída do diretor de compliance, noticiada pelo ECO em junho, ainda no mantado anterior, teve a ver com uma oportunidade profissional que João Martins terá decidido prosseguir no estrangeiro. À data, fontes revelaram ao ECO que a sua saída estava relacionada com pressões internas e escassez de recursos.
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