Operação Tutti Frutti: Costa mantém “toda a confiança política” em Medina e Duarte Cordeiro
Costa garante que mantém "toda a confiança política" no ministro das Finanças e no ministro do Ambiente e diz ter “a maior consideração pela idoneidade" dos dois governantes.
O primeiro-ministro garante que mantém “toda a confiança política” no ministro das Finanças e no ministro do Ambiente e diz ter “a maior consideração pela idoneidade” destes dois governantes. A reação surge depois de ter sido noticiado que Fernando Medina e Duarte Cordeiro são visados na “Operação Tutti Frutti”.
“Obviamente mantenho toda a confiança política e tenho a maior consideração pela idoneidade do Dr. Fernando Medina e do Dr. Duarte Cordeiro”, afirmou António Costa, durante o debate de política geral que decorre esta quarta-feira no Parlamento, e após ter sido questionado por André Ventura sobre mantinha a confiança nestes dois governantes.
Na terça-feira a TVI/CNN Portugal noticiou que o atual ministro das Finanças é suspeito de, enquanto presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), ter alegadamente feito um pacto de regime com o PSD para garantir a aprovação dos orçamentos municipais, a troco da sua alegada cumplicidade num esquema de corrupção que terá sido montado por um dirigente do PSD e que envolve várias juntas de freguesia de Lisboa.
Em causa estão os crimes de corrupção em regime de co-autoria, prevaricação de titular de cargo político e abuso de poder. Na “Operação Tutti Fruti” é ainda visado na investigação Duarte Cordeiro, sendo suspeito de alegadamente ter influenciado projetos urbanísticos, quando era vice-presidente da CML.
O primeiro-ministro lamenta ainda que não haja debate em que o líder do Chega “não peça a demissão de um membro do Governo”. “Por si todos os membros do Governo já estavam demitidos, o que aliás muito nos honra”, atirou Costa, sublinhando ainda que Ventura é também envolvido na investigação.
O assunto já tinha sido referido pelo líder parlamentar do PSD, que afirmou que a investigação “envolve os dois partidos” [PS e PSD] e que os sociais-democratas repudiam “qualquer ação que possa ter havido que viole a ética, a decência política e que viole a lei”, afirmou Joaquim Miranda Sarmento, questionando ainda António Costa sobre a sua posição e pedindo “clareza”.
O Chefe de Governo escudou-se no populismo, referindo que “a primeira forma de combatermos populismo é não imitarmos o populismo” e que “uma forma de não imitar populismo é querermos substituir às instituições”. Assim, António Costa voltou a recorrer à máxima “à justiça o que é da justiça e à política o que é da política”, para acrescentar que ainda não tem nenhuma informação para além daquela que foi transmitida na comunicação social, pelo que vai esperar que a justiça exerça as suas funções.
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