Divulgação de escutas do processo Tutti Frutti é alvo de um processo, diz PGR
Lucília Gago garante que a divulgação das escutas do processo Tutti Frutti já está a ser alvo de um "processo por violação do segredo de Justiça". Atraso no processo deve-se à "falta de recursos".
A procuradora-geral da República, Lucília Gago, garante que a divulgação das escutas do processo Tutti Frutti já está a ser alvo de um “processo por violação do segredo de justiça”, avançou à comunicação social.
“Esse assunto é um assunto que está a ser alvo de um processo por violação do segredo de Justiça. Portanto, é no seu âmbito que deverão ser identificados os responsáveis e proferido o correspondente despacho que se imponha“, disse, nas primeiras declarações sobre este caso.
Questionada sobre se a revelação das escutas poderá pôr em causa a investigação, a procuradora-geral da República não se quis pronunciar.
Lucília Gago garante que o atraso no processo é justificado com a falta de recursos. “Não é um caso único, uma situação muito específica, que passa por falta de recursos, e, portanto, é nesse domínio que nos situamos aqui e [há] uma particular atenção e resposta que tem que ser dada para ultrapassar os constrangimentos que são detetados”, disse.
“Têm vindo a ser desencadeadas iniciativas pela hierarquia do Ministério Público e por mim no sentido de identificar melhor a situação processual a que se refere e a permitir que haja a ultimação dessas investigações num mais curto prazo possível“, acrescentou.
Na Operação Tutti Frutti estão a ser investigados antigos responsáveis pela Câmara Municipal de Lisboa, como Fernando Medina e Duarte Cordeiro, atualmente ministros do Governo. Em causa está uma investigação iniciada em 2016 e divulgada em 2018 sobre alegados favorecimentos de dirigentes políticos a militantes do PSD e do PS, envolvendo juntas de freguesia de Lisboa e várias câmaras municipais.
(Notícia atualizada às 12h47)
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